O local deve auxiliar alunos e professores a produzir linhas de pesquisa na área
São Paulo, novembro de 2023 – O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) foi agraciado com recursos da Boeing destinados a envolver a comunidade na concepção e primeiros passos de implementação de um Laboratório de Integração de Sistemas Aeronáuticos (LISA), no campus do IMT, em São Caetano do Sul.
A aproximação da Boeing com o IMT iniciou-se há alguns anos no ambiente do Global Engineering Deans Council (GEDC), em que a Mauá é representada pelo seu Pró-Reitor Acadêmico, Prof. Marcello Nitz, e ampliou-se desde 2022 com diversas visitas realizadas ao campus da Mauá para conhecer melhor a infraestrutura e o know-how do Instituto nas áreas de engenharia e tecnologia, quando foram discutidas possibilidades de colaboração. A Boeing, recentemente, ofereceu uma palestra para estudantes do IMT - realizada por dois ex-alunos da Instituição – além de uma palestra sobre sustentabilidade na aviação, destinada a toda a comunidade.
"O Brasil conta com universidades renomadas no setor de Engenharia, como o Instituto Mauá de Tecnologia, e a Boeing considera o País um parceiro estratégico para solucionar alguns dos maiores desafios da indústria aeroespacial do mundo. Nosso investimento no instituto reflete este pensamento e a certeza de que a inovação aeroespacial é impulsionada por iniciativas colaborativas e por talento global,” disse Landon Loomis, Presidente para a América Latina e Caribe e Vice-Presidente de Políticas Globais da Boeing.
O Engenheiro Mecânico Joseph Saab, professor da Mauá na área de Energia e Fluidos, que delineou o projeto considerado na proposta, explicou que o laboratório será modular, colaborativo e que o projeto engloba diretrizes como promover a inclusão, disseminar a cultura aeroespacial, aproximar instituições de ensino, de pesquisa e indústria e propiciar o desenvolvimento futuro de pesquisas na área.
“O primeiro passo será conhecer o que já existe em outros laboratórios de universidades, empresas e institutos de pesquisa que também possuem o apoio da Boeing no Brasil , estabelecer parcerias e refinar os requisitos de projeto, além de priorizar a sequência de módulos a serem projetados e construídos”, afirma. O Instituto considera buscar apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) para a obtenção de uma célula sem uso (aeronave com vida útil operacional ou estrutural expirada), ativo que poderia acelerar o desenvolvimento da parte física do laboratório.
O apoio financeiro da Boeing fortalece a internacionalização do IMT e incentiva ainda mais a sua participação no setor aeroespacial brasileiro, um dos poucos setores que exportam tecnologia no Brasil.
“Como líder global no segmento aeroespacial, a Boeing trabalha com o meio acadêmico para aprofundar a colaboração e assim fomentar cada vez mais oportunidades para os futuros profissionais da área de STEM, que inclui Engenharia, campo em que o Brasil se destaca globalmente”, disse Humberto Pereira, diretor do Centro de Engenharia e Tecnologia da Boeing no Brasil.
“Embora não tenhamos curso de Engenharia Aeroespacial, o IMT forma engenheiros em diversas especialidades e com solidez há mais de 60 anos, e nossos profissionais estão espalhados pelo mundo todo, atuando na Embraer, Boeing, Airbus, Liebherr Aerospace, Thales, Honeywell, GE e diversas outras Empresas desse setor de alta tecnologia”, afirma o engenheiro Saab.
Há muitas atividades desenvolvidas no setor atualmente pelo IMT, lideradas pelas pesquisas de ponta do Núcleo de Sistemas Eletrônicos Embarcados (NSEE) e do Departamento de Eletrônica e Telecomunicações (DET) do Centro de Pesquisas (CP-IMT), passando pelo projeto didático do Human-Powered Aircraft (HPA-IMT), a disciplina eletiva de Projeto de Aeronaves e as equipes de competições e projetos acadêmicos do Aerodesign – na qual a Instituição tem tradição desde 2000, o Cube-Sat, o Balão Estratosférico, e a nova equipe de Foguetemodelismo, SPACE M que deverá competir no LASC (Latin-America Space Challenge) em 2024.
“Sem dúvida, com essa nova parceria com a Boeing estamos plantando mais uma semente importante para impulsionar a formação dos nossos alunos e dar contribuições ainda maiores à indústria aeroespacial no Brasil e no mundo”, conclui Saab.
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