Conjunto de medidas ajuda a revitalizar imóveis e logradouros existentes com melhor custo-benefício
Oferecer melhores condições de moradia às comunidades em regiões vulneráveis e com carências estruturais é um grande desafio para o poder público, principalmente para equacionar o melhor custo-benefício. Por isso, a tecnologia está sendo protagonista nessa tarefa, como o projeto apresentado pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), por meio do Centro de Pesquisas, cujo objetivo é não apenas oferecer suporte técnico de engenharia e arquitetura aos moradores em comunidades carentes, além de dicas para a prevenção de acidentes domésticos, mas também promover a autoestima.
Com quatro etapas distintas, o projeto do IMT realiza o aerolevantamento de dados com drones, escaneamento de fachadas e ruas com laser scanner manual, além do desenvolvimento de um sistema informatizado, que permite o processamento de dados de campo on-line, utilizando smartphones e sistemas integrados.
“Com o cadastro de cada imóvel, acompanhado de fotos, descrição dos problemas estruturais, de planta, avaliação da parte externa e interna, é possível produzir um relatório técnico-social, isto é, um dossiê completo de cada habitação e dos moradores, até mesmo verificar se residem pessoas enfermas ou que necessitam de auxílio. Além disso, o relatório apresenta propostas de melhorias e reestruturações físicas dos imóveis, até mesmo intervenções, se necessárias, visando oferecer melhor qualidade de vida, dignidade e bem-estar aos moradores e, principalmente, segurança”, explica o professor Eduardo Linzmayer, coordenador do projeto e pesquisador do IMT.
Custo-benefício
A experiência em São Bernardo do Campo, aplicada pela primeira vez aos moradores da população de um núcleo habitacional irregular, instalado na área conhecida como Núcleo DER, foi extremamente produtiva e abriu um precedente para implantar o projeto em outras localidades, pois notou-se que os investimentos são vantajosos, comparados aos deprojetos de revitalização tradicionais, como a construção de prédios em conjuntos habitacionais.
“A cada prédio erguido, gasta-se em média R$ 5 mil por apartamento, em relação a R$ 1 mil para reformar e/ou revitalizar uma casa já construída. Chegamos a esses números porque, desde 2020, professores, pesquisadores, consultores e alunos dos cursos de Engenharia, Administração e Design, além de entidades estudantis internas, como a Mauá Social, participaram efetivamente não dó das visitas aos moradores como também de todos os processos e tecnologias oferecidas pela Mauá à Prefeitura de São Bernardo do Campo”, reforça Linzmayer.
Além do relatório técnico, com recomendações estruturais para a melhoria de cada imóvel e da região, foram produzidas cartilhas para os moradores, com dicas para prevenção de acidentes domésticos, baseadas nos relatos apurados em campo, além de orientações de boas práticas para a solução dos principais problemas encontrados nos imóveis, como mofo, infiltrações, má ventilação etc.
“O nosso projeto permite que a Mauá replique e reproduza as ações em outras regiões, favorecendo muitos habitantes em situações de fragilidade habitacional, social e de segurança. Além disso, reforça a missão da instituição: fazer com que profissionais, alunos e professores trabalhem juntos, influenciando positivamente a sociedade”, conclui Linzmayer.
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