Obras táteis à mostra são resultado da parceria entre o Instituto Olga Kos e o Instituto Mauá de Tecnologia
Ver com os dedos e sentir com a alma. Esse é o principal objetivo das exposições que chegam ao Museu da Imagem e do Som em São Paulo, trazendo fotos convencionais e em forma de arte tátil para que deficientes visuais possam “ver” os conteúdos. A partir de 5 de agosto, visitantes podem conhecer a exposição “Olhares para o Brasil” com fotos e obras do artista João Farkas e de integrantes do Instituto Olga Kos que participaram de uma oficina com o profissional. Já a exposição “Ancestrais” fica disponível a partir de 2 de setembro e traz fotos e obras da fotógrafa Sitah, bem como de outros membros do IOK que passaram pelo workshop com a artista. Os integrantes que participaram das oficinas possuem deficiências intelectuais ou são pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social.
Cada fotografia, de ambas as exposições, foi refeita em forma de obras em alto relevo, etapa que contou com o trabalho de alunos dos cursos de Design e Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), uma das mais renomadas instituições de ensino do Brasil que forma profissionais nas áreas de Design, Engenharia, Arquitetura, Administração, Relações Internacionais e TI. Além disso, os estudantes também analisaram as melhores formas das obras ficarem expostas no museu, ou seja, cuidaram de toda a expografia.
“Foram feitas diversas aulas com os alunos do IMT para que fossem discutidos vários aspectos sobre as obras táteis, desde materiais até tamanho dos relevos, a fim das imagens serem inclusivas e facilmente compreendidas. Todas as artes são brancas e de fácil limpeza, já que muitos visitantes irão colocar as mãos. Os alunos também estudaram onde colocar as obras, que cor deixar nas paredes, entre outros detalhes, levando em consideração as ideias do Instituto Olga Kos”, conta Paula Katakura, Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Mauá de Tecnologia.
Nas duas mostras que ficarão funcionando durante 20 dias, as obras dos fotógrafos e dos membros do IOK estarão misturadas a fim dos visitantes não saberem quem foi o autor de cada uma. A exposição “Olhares para o Brasil” tem o objetivo de refletir traços da cultura brasileira, enquanto a “Ancestrais”, aborda a ancestralidade e natureza viva.
“O Instituto Mauá de Tecnologia estende a sua atuação para a comunidade externa, já que o apoio ao social é um dos pilares da instituição. Por isso, abraçamos essa iniciativa a fim de levar cultura e conhecimento a ao mesmo tempo, abraçar a inclusão. Queremos que todos os nossos alunos entendam a importância de serem ótimos profissionais e cidadãos, realizando trabalhados que contribuam com a sociedade”, explica Katakura.
O Museu da Imagem e do Som fica localizado na Avenida Europa, 158, no Jardim Europa (SP), e funciona de terça à sexta, das 10h às 19h, de sábado, das 10h às 20h, e de domingo e aos feriados, das 10h às 18h.
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