Como a Mauá adaptou as aulas para cumprir o isolamento durante a pandemia do Coronavírus
Em apenas uma semana, a instituição mobilizou seu corpo docente e técnico para viabilizar aulas on-line para todos os seus alunos
A Mauá adaptou suas aulas presenciais para a plataforma digital Collaborate, usada pelas principais universidades do mundo.
Todos sabemos, mas é importante ressaltar: para conter o avanço do Coronavírus no Brasil, é preciso ficar em casa, em isolamento. Mas, para o Instituto Mauá de Tecnologia, como fica o ano letivo? Em março, quando começaram as medidas de quarentena em todo o Estado de SP, a instituição aderiu prontamente e, em apenas uma semana, mobilizou seu corpo docente e equipe para garantir que a infraestrutura digital atendesse a todos os alunos.
Conversamos com o Pró-Reitor da Mauá, o professor Marcello Nitz, para entender como funcionou esse processo. "Tivemos pouco tempo para nos adaptar. A instituição forneceu a infraestrutura necessária, os docentes se engajaram, capacitaram-se e pudemos retomar as atividades em 23 de março. Seguimos as práticas das melhores instituições de educação superior do Brasil e do mundo", destaca.
O ambiente virtual de aprendizagem da Mauá é o Open LMS da Blackboard, que chamam de Moodlerooms. Um dos componentes desse sistema é o Collaborate, aplicativo robusto que consegue transmitir aulas remotas e de forma simultânea. Todo esse sistema opera na nuvem, em servidores da Amazon, AWS, e sua estabilidade é constantemente monitorada. Segundo o prof. Nitz, é normal que, mesmo com uma solução digital tão robusta, ocorram instabilidades, porque o mundo está utilizando recursos on-line.
O pró-reitor, Prof. Marcello Nitz, afirma que as aulas mediadas por tecnologia possuem a mesma excelência e que a melhoria será continua.
Os coordenadores da Mauá afirmam que as aulas estão funcionando muito bem. "Existe uma imensa colaboração de professores e alunos e, por isso, conseguimos retomar a aprendizagem. Utilizamos toda forma de comunicação virtual: Whatsapp, Skype, Teams, entre outros. Eu também estou gravando podcasts para os alunos, outro formato que nos tem ajudado bastante", afirma o coordenador do curso de Administração, prof. Dr. Ricardo Balistiero.
As aulas práticas de projetos e simulações seguem normalmente, mediadas por recursos tecnológicos. As atividades que exigem o manuseio de instrumentos dos laboratórios serão realizadas quando houver a retomada das atividades no campus, afirma o prof. Marcello Nitz.
O pró-reitor destaca também que ajustes serão feitos no que diz respeito às avaliações dos alunos, já que o período será de interação remota. "Temos de lançar mão de outras formas de avaliar, que não sejam provas presenciais. A avaliação será mais distribuída e apoiada em múltiplas atividades desenvolvidas pelos alunos, seja individualmente, seja em grupo. Tudo será discutido entre os professores responsáveis por disciplina e os coordenadores de curso", diz ele.
A estratégia de ensino on-line será adotada pelo tempo que for necessário, enquanto durar a quarentena. O aprendizado neste período pode ainda contribuir para as aulas presenciais futuramente. "Nossos cursos não deixam de ser presenciais; o importante neste momento é que os alunos estejam estudando e os professores ensinando. A movimentação rápida dos professores e do corpo técnico-administrativo superou nossas expectativas", avalia o prof. Marcello Nitz, que acrescenta: "havia desconfiança sobre a qualidade do que seria proposto. Hoje podemos orgulhar-nos da nossa instituição. Há ajustes a serem feitos, é claro, mas as imperfeições existem em qualquer modelo de ensino-aprendizagem. A melhoria deve ser contínua. É um privilégio ter estudantes como os nossos, que entenderam o tamanho do desafio e têm-se colocado ao lado dos professores e coordenadores de curso dando feedbacks para aprimorar o processo. A educação superior na Mauá e no mundo será diferente depois disso tudo".
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