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edição 151 - Abril de 2024

Pesquisadores do Instituto Mauá de Tecnologia participam do EnVision, projeto que vai investigar Vênus

Projeto reúne especialistas de importantes instituições como NASA, Agência Espacial Europeia (ESA) e Agência Espacial Alemã (DLR)

EnVision IMT participa da missão EnVision por meio da parceria com a Agência Espacial Alemã (DLR)O projeto EnVision é uma missão liderada pela Agência Espacial Europeia (ESA) em parceria com a NASA, cujo objetivo é investigar a atmosfera, a superfície e o interior de Vênus, além de auxiliar na resposta  a algumas perguntas-chave a respeito do planeta, como: Vênus possui oceanos? Há evidências de água remanescente de períodos passados dentro de rochas antigas presentes na sua superfície?

A missão possui caráter de cooperação internacional e conta com a participação de países como Alemanha, França, Bélgica, Itália e Estados Unidos.

Nesse contexto, os pesquisadores do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), representados pelo Núcleo de Sistemas Eletrônicos Embarcados (NSEE), participam na missão EnVision por meio de uma parceria com a Agência Espacial Alemã (DLR). Dos vários instrumentos presentes na sonda, há um grupo de três espectrômetros ópticos chamado  VenSpec suite, desenvolvido pela agência alemã, como explica o professor Vanderlei Cunha Parro, um dos pesquisadores envolvidos no projeto.

"O trabalho conjunto das duas instituições é de longa data e o sucesso da cooperação na missão do satélite PLATO, que deve entrar em órbita em 2026, gerou uma nova sinergia e impulsionou a iniciativa conjunta de modificar o SimuCam, um simulador de instrumentos aeroespaciais utilizado no desenvolvimento do PLATO, ao VenSpec suite, proporcionando uma ferramenta de simulação para o desenvolvimento de hardware e software das equipes europeias no projeto EnVision", explica.

Cada nação tem a responsabilidade de desenvolver algum sistema ou instrumento que fará parte do satélite de 2,5 toneladas previsto para ser lançado em 2030 e chegará a Vênus 15 meses depois, em meados de 2031.

Como afirmam os professores envolvidos, a participação do IMT num projeto como esse comprova a qualidade e competência de cientistas e engenheiros brasileiros. "Cooperar com instituições internacionais de renome, como a ESA e a DLR, contribui significativamente para o desenvolvimento de ciência e tecnologia no Brasil. Isso segue o padrão internacional de constante cooperação em projetos aeroespaciais, além de envolver uma importante transferência de conhecimento e tecnologia que capacitam cada vez mais os profissionais e instituições brasileiros”, complementa o professor Rodrigo de Marca França, que também atua com o projeto no Instituto.

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