INFOMAUÁ Mauá
edição 145 - Agosto de 2023

Alunos da Mauá desenvolvem projetos para o Grand Challenges Scholars Program (GCSP)

O GCSP tem como objetivo preparar profissionais capacitados para enfrentar os grandes problemas da humanidade

O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) é uma das poucas instituições de ensino superior fora dos Estados Unidos que participa do Programa Grand Challenges Scholars Program (GCSP), cujo objetivo é desenvolver competências específicas anos seus alunos de Engenharia, Design, Administração, Sistemas de Informação e Ciência da Computação para enfrentar os problemas mais relevantes da humanidade.

Esses grandes desafios foram identificados por especialistas da National Academy of Engineering (NAE) dos Estados Unidos e agrupados nas grandes áreas de sustentabilidade, saúde, segurança e bem-estar. Ou seja, a ideia é permitir que no fim do século XXI a sociedade deixe como legado aos seus descendentes um planeta Terra onde seja possível viver plenamente, de forma agradável e com equilíbrio na relação com o meio ambiente.Evoluindo O pró-reitor acadêmico da Mauá, professor doutor Marcello Nitz, reforça a importância da preparação dos egressos da Mauá para contribuírem com a solução dos problemas complexos e globais.

O pró-reitor acadêmico da Mauá, professor doutor Marcello Nitz, reforça a importância da preparação dos egressos da Mauá para contribuírem com a  solução desses problemas complexos e globais. “Além da sólida preparação técnica, os profissionais devem desenvolver competências pessoais e interpessoais. Devem ter empatia e  sensibilidade para perceber o impacto de seus produtos e serviços na vida das pessoas e no planeta. Essa combinação de competências, que envolve também a multiculturalidade, qualifica-os para atuar colaborativa e coletivamente no enfrentamento dos grandes desafios da humanidade”, detalha Nitz.

A NAE entende, portanto, que a engenharia precisa mudar um pouco o foco e atacar problemas de escala global para assegurar que todos os habitantes do planeta tenham acesso a um ambiente equilibrado, desfrutem de saúde e segurança e, dessa forma, passem às novas gerações a alegria de viver.

“Essa realidade foi potencializada a partir do momento que promovemos na Mauá a interação natural e mais direta entre os alunos e professores das diversas áreas, reforçada pela mudança curricular que instituiu os Projetos e Atividades Especiais (PAEs), e pela mudança de perspectiva no corpo docente e discente auxiliada pela atuação da Academia de Professores, pela Academia de Talentos e pelo programa GCSP do IMT”, diz. 

Oportunidade para todos

Qualquer aluno da Mauá pode inscrever-se no programa GCSP durante a época anual de recrutamento, que se inicia em agosto. Na etapa de seleção, o candidato deverá demonstrar razoável capacidade de comunicação e expressão na língua portuguesa e domínio intermediário da língua inglesa. “Vale lembrar que o IMT é uma das poucas instituições que oferece o programa não apenas aos alunos de engenharia, mas também aos de design, administração e TI. Os alunos participantes recebem valorosos benefícios para as suas respectivas carreiras, como certificado expedido pela própria Academia Nacional de Engenharia dos EUA e “badges” digitais pelo Instituto Mauá de Tecnologia”, finaliza Nitz.

Alguns projetos em andamento

 

  • Descomissionamento de barragens de rejeitos – Leticia Cilira Xavier Pereira, aluna do 3° ano do curso de Engenharia Civil da Mauá, trabalha no projeto sobre descomissionamento de barragens de rejeitos. Com isso, a ideia é focar em tijolos ecológicos com base de cimento e uma parte de rejeito do minério de ferro.

 

  • Idealização de produtos baseados no estudo de Paranapiacaba, nos princípios do biodesign e do biomimetismo e na metodologia do design especulativo – Livia Farias Cassimiro, aluna do 2º ano do curso de Design da Mauá, trabalha no projeto que visa unir o design com as ciências para criar materiais, desenvolver maneiras de fabricar produtos e conhecer novos cenários para estimular a reconexão do homem com o meio, visando à sustentabilidade. Desse modo, seu trabalho visa apresentar um design de superfície e de um produto com base nos estudos da natureza na região de Paranapiacaba.

 

  • BIM e gêmeos digitais – Nicholas Nunes Raymo, aluno do 4º ano do curso de Engenharia Civil da Mauá, está desenvolvendo o projeto BIM e Gêmeos Digitais, que aborda um estudo de caso na Ilha dos Arvoredos, localizada no município de Guarujá (SP). O objetivo principal é resolver questões da ilha usando BIM e a criação de um gêmeo digital, implementando uma estação meteorológica para capturar dados, como umidade, temperatura, velocidade e direção do vento.

 

  • Design social e biodesign no desenvolvimento de embalagens sustentáveis - Isabelle Carvalho Ferreira da Silva, aluna do 3° ano do curso de Design da Mauá, trabalha no projeto cujo objetivo é traçar um paralelo entre a sustentabilidade e o registro da memória do milho crioulo. Assim, por meio do desenvolvimento de uma embalagem de fibra de bananeira, tem-se a venda dessas sementes, com um informativo dessas espécies nativas. Portanto, além de um retorno financeiro para a comunidade de São Bento do Sapucaí, o projeto visa difundir a existência de sementes crioulas, para que resulte no interesse em sua preservação.
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