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edição 134 - Julho de 2022

Música e Modelagem Matemática: projeto engaja alunos do Instituto Mauá de Tecnologia

Analisar os efeitos sonoros e as melhores aplicações digitais no dia a dia das pessoas é uma das propostas do estudo

Musica 1 A modelagem matemática aplicada à música é reconhecida também na produção de conteúdo musical e efeitos sonoros.

O Núcleo de Sistemas Eletrônicos Embarcados (NSEE) do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) é reconhecido no cenário acadêmico e no mercado por oferecer contribuições relevantes a diversas áreas, como a cooperação na Astronomia, com os telescópios Plato e GMT, e na área médica, com um projeto que visa colaborar na análise de casos de câncer do Estado de São Paulo, realizando análises preditivas de patologias cancerígenas por meio de modelos matemáticos. Para aumentar sua atuação e colaboração para a solução de problemas da sociedade, o NSEE está engajado em novo projeto: A modelagem matemática aplicada à música.

A modelagem matemática aplicada à música é reconhecida não somente na música e nos instrumentos, mas também na produção de conteúdo musical e efeitos sonoros para aplicações digitais, principalmente em sistemas celulares e de internet. Estão presentes na modelagem matemática de sinais audíveis questões como: Qual o som mais apropriado para um carro elétrico ser percebido?; Como modificar o som da crocância de um alimento?;  Como a concepção de um carro pode produzir uma percepção melhor do usuário, na manipulação de seus elementos articulados (fechar a porta, afivelar o cinto de segurança, por exemplo).

Musica NSEE Encontro de alunos e professores do Projeto em estúdio de música.

O professor Vanderlei Cunha Parro, coordenador do projeto, lembra que todos os trabalhos do NSEE geram resultados positivos e fundamentais, tanto no aprimoramento da formação dos alunos, quanto na capacitação dos professores e no estabelecimento de valores para a comunidade científica. Com a modelagem matemática aplicada à música, não é diferente. 

“No contexto geral, os sinais audíveis têm espaço em diversas universidades no mundo, como o CCRMA, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e o IRCAM, instituição dedicada à pesquisa e criação de música contemporânea, na França, com a participação de pesquisadores de várias disciplinas, como músicos, matemáticos, engenheiros entre outros. A abordagem matemática aplicada aos sinais audíveis, com forte aplicação da área de software, tem gerado resultados de valor para a sociedade dos respectivos países”, explica o professor Parro. 

Por aqui, a modelagem matemática também está progredindo, com vários centros de excelência e atuações em diversas áreas, mas as aplicações desses modelos matemáticos em computação sônica são reduzidas e pouco conhecidas. “Por isso, para aumentar a abrangência do projeto a um número maior de alunos, um dos Projetos e Atividades Especiais (PAE), chamado Música e Modelagem Matemática, está em sua segunda edição no IMT, atraindo a atenção de dezenas de alunos e professores. Além disso, estou conversando com profissionais de primeira linha na música eletrônica acadêmica, para disseminar o projeto, até mesmo com a realização de podcasts com renomados especialistas”, conclui.

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