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Número de estudantes no exterior deve aumentar até 30% este ano
A aluna Karina Pugliesi estagiou na empresa francesa Faurecia
Hoje, as oportunidades para estudar fora do País aumentaram e estão no horizonte de muitos estudantes. Uma pesquisa da Associação Brasileira das Operadoras de Viagens Educacionais e Culturais mostra que o número de estudantes brasileiros no exterior deve saltar de 215 mil em 2011 para 282 mil neste ano, um aumento de cerca de 30%.
O Instituto Mauá de Tecnologia possui parcerias com Instituições de Ensino Internacionais e participa do programa Ciência sem Fronteiras - programa de intercâmbio de estudantes dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento ? CNPq e Capes ?, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.
?Por esse programa, temos hoje dois alunos, um na Alemanha e outro nos Estados Unidos, e estamos com outros nove em processo? conta a Prof.ª Edilene Adell, assessora da Reitoria do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia.
Além de aprender uma língua estrangeira, é possível conhecer outras culturas e vivenciar outras formas de trabalho, mas o resultado é fruto de um esforço do jovem que se dispõe a enfrentar o desafio. Karina Guimarães Pugliesi, em 2008, aos 19 anos, descobriu uma chance de trabalhar numa empresa francesa, a Faurecia, player global na indústria automobilística, e pediu ajuda da Mauá para acertar seu processo de estágio. A experiência deu tão certo que hoje o processo seletivo se repete todos os anos.
Hoje, aos 23 anos, a estudante da 5.ª série do curso de Engenharia de Produção trabalha na Danone na área de Marketing e diz que essa experiência foi fundamental para chegar até aqui. Além do francês, Karina aprendeu a falar espanhol, outra língua usada no dia a dia de seu departamento. ?Toda a experiência foi imprescindível para meu desenvolvimento pessoal. Amadureci muito ao ter de me virar sozinha e desenvolvi uma postura profissional?, conta.
O mais recente participante do programa foi Rafael Szeles Bogado Duarte, estudante da 5.ª série do curso de Engenharia de Produção da Mauá. No início de 2011, trancou matrícula e foi em busca de novos conhecimentos. Após ser selecionado, aceitou o desafio de ir para a França estagiar por um ano na área de logística. ?Cheguei sem falar uma palavra da língua local. Durante três meses tentei me adaptar falando um misto de português, inglês, espanhol e alemão até que tive de aceitar que precisava do francês?, conta.
Ambos moraram sozinhos, mas Karina escolheu morar em Paris, enquanto Rafael permaneceu numa cidade do interior, próxima da Capital. ?Com relação à parte social, foi difícil, mas topei o sacrifício, pois sei que valeria o esforço empregado?, explica o estudante. ?Na capital, conheci brasileiros que me apresentaram para franceses que me mostraram a região, mas no começo, quando não conhecia ninguém, eu me senti um pouco deprimida. Entretanto é um aprendizado desafiador e, após o período de adaptação, o interessante é vivenciar o estilo de vida local?, contrapõe Karina.
Para todos os alunos interessados em realizar um intercâmbio, o Instituto Mauá de Tecnologia dá apoio e orientação. A Prof.ª Edilene conta que, a cada dois meses, há uma reunião para atualização dos interessados na qual expõem todas as possibilidades, independentemente do curso. ?Para o futuro, nossa expectativa é ampliar a internacionalização da instituição, pois é importante auxiliar o aluno para que tudo corra bem. Aqui trabalhamos em conjunto?, encerra a responsável.
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