edição 24 | Agosto de 2011    

Busca constante pelo conhecimento é a chave para carreira de sucesso na opinião de Cleber Morais, diretor-presidente da Bematech


Cleber Morais, egresso da Mauá, fala sobre os desafios da carreira

Cleber Morais, diretor-presidente da Bematech - empresa provedora de soluções completas em tecnologia para o varejo – atua há 23 anos em renomadas companhias do setor de tecnologia da informação. Com um currículo exemplar (para não dizer invejável), Morais começou sua carreira como estagiário logo na primeira série do curso de Engenharia no Instituto Mauá de Tecnologia e ainda dava aulas particulares de Física para gerar receita.

Ainda na graduação, passou por uma empresa de placas de circuito integrado, pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e pela HP, na qual atuou na área de desenvolvimento de software. Para ele, essas experiências foram fundamentais para seu perfil profissional e também para entender como as empresas funcionam. “Tive a oportunidade de trabalhar e adquirir bagagem. Assim, entrei no mercado com experiência não só acadêmica, mas também profissional”, conta o executivo, que concluiu a graduação em Engenharia Eletrônica pela Mauá em 1987.

Para o executivo, “viver” o momento da faculdade, vivenciar as amizades e aproveitar o ambiente acadêmico para estudar muito, aperfeiçoar-se, adquirir a base de formação para carreira futura foram muito marcantes no seu tempo na Mauá. No entanto Morais destaca a importância de ser autodidata. “Penso que o mais produtivo para uma carreira de sucesso é mesclar o aprendizado acadêmico com a busca por conhecimento”, afirma. O egresso também ressalta o valor do treinamento e atualização constantes para o aperfeiçoamento profissional, e defende a teoria de que, para se alcançar o sucesso, é preciso atualizar-se para o resto da vida.

O presidente da Bematech lembra-se das dificuldades que encontrou logo no início da carreira. “O primeiro desafio foi a busca pelo emprego. Na época, de cada três engenheiros formados, apenas dois conseguiam emprego”, recorda. O executivo acredita que o primeiro emprego é a chave para o desenvolvimento da carreira, “ainda mais se conseguir ingressar numa empresa que ofereça oportunidade de aprender e crescer”. Na sua opinião, atitude é tudo, e quem entra no mercado de trabalho precisa mostrar que tem capacidade, força de vontade, disposição para o trabalho árduo para atender as expectativas da empresa, ser positivo e manter a vontade de aprender e se desenvolver. “É importante equilibrar a ansiedade nessa hora”, recomenda Morais.

Embora o executivo aponte a existência de profissionais qualificados no mercado de trabalho, ele afirma que ainda há espaço para novos engenheiros. “A Engenharia em geral está com uma procura elevada. A base do curso permite trabalhar em outras áreas, pois a formação é ampla”, analisa. “Acho que existe carência de profissionais em todas as áreas, seja Civil, Produção, seja Eletrônica, entre outras; há muitas oportunidades”, conclui.

Para ele, quando o profissional é realmente bom, torna-se fácil suprir uma eventual demanda do mercado. “Empresas como a Bematech, por exemplo, investem na capacitação de seus colaboradores quando percebem uma deficiência e oportunidade de melhorar”, explica.

Cleber Morais assumiu a presidência da Bematech após atuar nos últimos quatro anos como presidente da Avaya no Brasil, com expressivos resultados alcançados. Entre 1996 e 2007 foi executivo da Sun Microsystems, focada em soluções de software Java, assumindo a Diretoria de Vendas da América Latina em 2001, com base na  Flórida, nos Estados Unidos. Retornou ao Brasil para assumir a presidência da subsidiária local, na qual, por quatro anos, destacou-se na área comercial, de marketing e de vendas com canais. Acumulou passagem pela IBM Brasil, de 1988 a 1996. Tem extensão e aprimoramento profissional em vendas, marketing, relacionamento com clientes e liderança, certificados por instituições como Harvard Business School, Columbia University Business School, University of Pennsylvania, Fundação Getúlio Vargas e Fundação Dom Cabral.

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