INFOMAUÁ Mauá
edição 152 - Maio de 2024

Instituto Mauá de Tecnologia avança com projeto de Caixa de Transporte de Órgãos

Trabalho premiado no Congresso Brasileiro de Transplantes passa por novos testes e segue com inovações para a área da saúde

O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) tem liderado o projeto da embalagem autônoma inteligente para transporte de órgãos, tecidos humanos e vacinas,  que tem avançado cada vez mais e ganhado prêmios importantes para o setor.

Segundo o engenheiro Fernando Martins, gerente da Divisão de Eletrônica e Telecomunicações do Centro de Pesquisas da Mauá e coordenador do projeto, a caixa encontra-se no nível de maturidade tecnológica TRL-6, o que significa que já está funcionando em ambiente relevante e sendo testada com órgãos de animais.

No projeto, o IMT atua com outras instituições de renome, como a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Centro de Tecnologia em Embalagem para Alimentos do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e a indústria São Rafael".

“Neste momento, a Unifesp está trabalhando com o transporte de órgãos de porco, que se assemelha muito ao transporte de órgãos do ser humano e nos auxilia a validar o processo. São colocados na caixa para realizar os testes, inclusive citológicos, para verificar se estão de acordo com as normas após o procedimento”, explica o engenheiro. . IMT lidera projeto da embalagem autônoma inteligente para transporte de órgãos, tecidos humanos e vacinas.

Para seu funcionamento, a caixa possui uma série de dispositivos eletrônicos e é registrada na internet, mantendo diversas grandezas mensuradas, por exemplo a temperatura e a vibração, assim como localização por GPS, para que se tenha toda a jornada do transporte do órgão muito bem adquirida em banco de dados.

“Com a tecnologia do material e o monitoramento realizado, quando o médico recebe o órgão, há um laudo na plataforma para saber se esse está apto a ser transplantado ou se houve algum manuseio incorreto, assim como outros fatores importantes”, ressalta Martins.

Como explica o coordenador, atualmente não existe um padrão normativo homologado e, por isso, é necessário continuar os avanços para esse desenvolvimento.

“Essa caixa de órgãos é a primeira no Brasil na qual existe um sistema de refrigeração automático e está conectada com um sistema de monitoramento dessa forma. É algo muito inovador que ainda não existe no mundo”, afirma.

O projeto foi apresentado no Congresso Brasileiro de Transplante no último ano, quando foi premiado e apresentou um grande interesse pelas melhorias que pode trazer. Como próximos passos, os especialistas estão validando os processos para seguir com a aplicação nos sistemas de saúde.

“Nós temos algumas caixas operando com a Unifesp, que segue uma metodologia própria para isso ser repassado para outros hospitais. Havendo consenso e aprovação, podemos continuar com esse foco tão importante na padronização das caixas de transportes”, finaliza Fernando Martins.

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