Visão de negócios no setor automotivo
Max Forte, ex-aluno de Engenharia Mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia, relembra sua trajetória na graduação e em grandes empresas multinacionais
Max Davis Forte, formado no curso de Engenharia Mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia, é presidente da Brose do Brasil.
Formado em 1994, no curso de Engenharia Mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Max Davis Forte é presidente da Brose do Brasil, uma empresa de sistemas mecatrônicos automotivos. O aluno da turma 26.000 também passou por grandes cargos em multinacionais do setor Automotivo, como a alemã Behr e a francesa Faurecia.
“A Engenharia foi uma escolha fácil para mim. Eu era curioso, brincava de montar brinquedos e queria entender melhor como tudo funcionava”, relembra o profissional. Segundo ele, a indústria automotiva sempre chamou sua atenção, e isso se reforçou quando teve a oportunidade de estagiar na Maxion, onde teve seu contato com a área e também foi efetivado como engenheiro da área comercial.
“A Mauá realmente trouxe uma visão muito ampla do mercado para mim. Hoje, vejo que isso foi muito importante para minha carreira, já que esse conhecimento de negócios é um diferencial muito grande”, conta. Em sua graduação, o engenheiro mecânico sempre foi muito esforçado e buscou ainda mais aprendizados. “Isso desenvolveu muito a capacidade de adquirir conhecimentos de uma forma muito rápida e assertiva”, acrescenta.
Em sua carreira na área comercial, ainda como engenheiro de vendas, passou a atuar em empresas multinacionais, sempre com tecnologia e evolução do mercado. Até que foi convidado para trabalhar na Brose, como gerente de vendas de engenharia, em Curitiba. Por razões pessoais, Forte retornou a São Paulo e começou uma nova fase na Behr, como diretor comercial, onde se destacou e foi para a presidência da empresa. Reforçou sua experiência no setor automotivo ao passar para a francesa Faurecia, até que decidiu ir para os Estados Unidos, para trazer inovações de mobilidade para o Brasil. “Depois de um tempo, recebi um convite para voltar para a Brose e tenho atuado como presidente da empresa há quase nove anos. Hoje estou com uma equipe muito boa também, que me traz muitas realizações.”
Como conselheiro da SAE Brasil, uma sociedade sem fins lucrativos de engenheiros automotivos, Forte conta que ainda tem bastante contato com a Mauá. “Tive a oportunidade de ser um dos avaliadores dos trabalhos de conclusão de curso na Eureka, o que foi muito legal para ver o tamanho do evento e a qualidade dos projetos”, comenta. Além disso, ele conta que, mesmo depois de quase 30 anos, ainda mantém contato com seus colegas da graduação. “O que vejo sempre com meus amigos é que todos se tornaram profissionais muito realizados em suas áreas. A gente gosta de se reunir e lembrar dos tempos de Mauá, as viagens, as atividades da Atlética e tudo o que vivemos.”
Sobre seu setor de atuação, ele conta que, quando iniciou sua carreira, a área automotiva estava muito em alta, mas precisou se reinventar depois de um tempo. “A mobilidade mudou, e agora temos novos recursos e alternativas, o que traz um nível de atratividade muito grande para os novos trabalhadores. É um mercado que se atualiza muito, e agora estamos num novo momento da indústria automobilística.” Além disso, para o presidente da Brose do Brasil, mesmo que enfrente algumas adversidades, o profissional brasileiro tem muita resiliência e sabe se adaptar da maneira que for necessária. “Gosto muito de lembrar do livro do Yuval Harari, em que o autor relata como a humanidade já passou por tantas coisas ao longo dos anos. A gente sempre teve de lidar com as guerras, pandemias e a fome, precisou se adaptar e evoluir. E, por incrível que pareça, apesar de toda situação atual, estamos num momento muito mais feliz e próspero do que há 500 anos. Sempre existem coisas positivas e precisamos fomentar isso cada vez mais no nosso cotidiano e nas empresas”, finaliza.
|