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edição 117 - Outubro de 2020

Conheça o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos

Professor da Mauá, Ricardo Balistiero, destaca principais vantagens do novo método

Sistema Pix tornará possível a realização de pagamentos de transferências instantâneas, a qualquer hora e dia da semana

Ainda neste ano, o Brasil passará a contar com um novo sistema de pagamentos e transferências: o Pix. Anunciada pelo Banco Central, a nova solução promete a realização de transações financeiras instantâneas a qualquer hora ou dia da semana, uma ferramenta mais adequada ao mundo cada vez mais digital. Instituições financeiras já estão-se preparando para atuar no novo formato, que deverá ser lançado oficialmente em 16 de novembro.

O coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Prof. Dr. Ricardo Balistiero, destaca que os principais diferenciais do Pix são sua agilidade e seu custo. “Diferentemente do TED, que demora algumas horas para ser finalizado, e do DOC, que chega a demorar um dia, com o Pix as transferências serão feitas em segundos. É uma grande vantagem para o usuário, tanto para quem quer fazer um pagamento quanto para quem tem pressa para receber.”

O Pix poderá ser usado para transações entre pessoas, pessoas e empresas, entre duas empresas e também de pessoas físicas ou jurídicas para o governo.

Para que o sistema seja eficaz e seguro, é necessário que ele opere perfeitamente entre o Banco Central e as demais instituições financeiras. Para isso, foi preciso customizar todo o sistema. No entanto, o Prof. Balistiero afirma que a modernização dessas operações era inevitável para acompanhar os demais avanços na economia e no comportamento dos consumidores, cada vez mais conectados, exigindo respostas rápidas para suas necessidades.

Outro aspecto positivo do Pix será a redução do custo com taxas e juros, que ainda são cobrados em transações com cartão, TED ou DOC. “A iniciativa também vai permitir a inclusão de um grande número de pessoas que estão fora do sistema. Ainda existem mais de 40 milhões de brasileiros sem acesso a banco”, destaca. Para o governo, o sistema favorece a formalização da economia e facilita a fiscalização, uma vez que deve reduzir a circulação de dinheiro em espécie.

Para o professor, o Pix  é algo que vem para ficar. “O sistema não será obrigatório, mas com o passar do tempo a tendência é que DOCs e TEDs acabem caindo em desuso, porque serão operacionalmente inferiores e mais caros.”

Outros países já implementaram com sucesso métodos semelhantes e, para o professor da Mauá, o próximo desafio será integrar o Pix a esses outros sistemas. “Isso traria um avanço extraordinário para o sistema financeiro oficial, tornando possível realizar transferências internacionais em tempo real e com custo baixo, uma dinâmica que as criptomoedas foram pioneiras em oferecer.”

As transferências e pagamentos pelo Pix deverão ser feitos utilizando QR Codes ou dados bancários e, para começar a utilizar o sistema ainda neste ano, será preciso fazer um cadastro nos bancos ou nas fintechs. As principais instituições já estão disponibilizando informações a seus correntistas.

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