Professor da Mauá desenvolve plataforma de análise de dados para Covid-19
Projeto coordenado por Vanderlei Parro tem como objetivo combinar informações para prever cenários e apoiar tomada de decisões
Plataforma desenvolvida na Mauá analisa dados de epidemias para dar apoio a decisões de gestores públicos, empresas e pesquisadores.
O Instituto Mauá de Tecnologia está disponibilizando uma ferramenta de análise de dados para amparar a tomada de decisões no período de pandemia de Covid-19. O projeto foi idealizado pelo professor Vanderlei Parro e desenvolvido com uma equipe de alunos e ex-alunos e está disponível para consulta.
O prof. Vanderlei conta que o objetivo foi participar desse momento difícil oferecendo uma plataforma para apoiar estudos nacionais. "Não tínhamos visto nada consolidado no Brasil e era preciso buscar plataformas internacionais, mas achamos importante trazer uma contribuição com o ponto de vista brasileiro e informações do País", diz. Os dados de contaminação pelo novo coronavírus no Brasil foram coletados com a Fundação Oswaldo Cruz.
O projeto pode ajudar gestores públicos, empresas ou pesquisadores a simular e estudar o comportamento do vírus ou prever tendências. "É possível consultar, por exemplo, qual é o risco de colocar os funcionários para trabalhar três dias na semana e folgar quatro. Ou o perigo seria menor se todos trabalhassem em dias alternados? Tudo isso é possível simular e fazer previsão de cenários", detalha Parro.
O time, formado pelo engenheiro Marcelo Lafeta e os formandos Felipe Ippolito e Felipe Andrade, tem também a ambição de divulgar como desenvolver modelos para epidemias, desde sua modelagem matemática até sua concepção computacional.
O trabalho teve início por volta de abril. "Começamos a fazer análise de dados da pandemia e tentar associá-los a outras informações, como dados de outros países, de epidemias anteriores, fluxo de carros nas cidades, tudo o que estiver disponível para ajudar o aprendizado do que está acontecendo", explica o professor.
A plataforma é dinâmica, em construção constante, e cada informação melhora a amplitude da análise. Além disso, é totalmente aberta. "Qualquer pessoa pode acessar o site, fazer consultas, solicitar novas análises e até debater o software", diz Vanderlei. Ela é dividida em três áreas. Existe um ambiente para o público em geral, com informações como curvas de contaminação; um segundo, mais específico, com elementos usados por epidemiologistas e, por último, um espaço técnico sobre programação, com o código aberto.
O projeto está disponível no site https://epidemicmodels.readthedocs.io/en/latest/
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