edição 93 - Julho de 2018
Professor Ricardo Balistiero explica mais sobre o futuro desse movimento que vem ditando ritmo no mercado financeiro
De acordo com o coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, professor Ricardo Balistiero, o Brasil tem mais de 200 fintechs operando.
O mundo está cada vez mais direcionado para que todos os serviços oferecidos utilizem de alguma forma a tecnologia. Com essa transformação, conseguimos ter mais comodidade e segurança para nossas vidas. Isso vem acontecendo com as fintechs (junção dos termos financial e tecnology).
As fintechs são startups que têm como objetivo facilitar as rotinas das pessoas nas suas relações com o mercado financeiro, oferecendo produtos e serviços bastante focados e sem a burocracia e os custos dos bancos tradicionais.
Impactos econômicos
No Brasil, ditando o ritmo do mercado financeiro, essas startups estão reduzindo custos de transações e auxiliando o Banco Central do Brasil - Bacen na redução dos spreads bancários. "Atualmente, em nosso País, são mais de 200 fintechs operando. Existem muitas oportunidades, principalmente no que tange à taxa de juros do mercado", comenta o coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, professor Ricardo Balistiero.
Nesse momento, com a recente autorização do Conselho Monetário Nacional - CMN, que possibilita empréstimos peer to peer, de até 15 mil, certamente será um mecanismo auxiliar do Bacen para reduzir os juros do país.
Qualidade e desafios nos serviços
Fintechs são startups que têm como objetivo facilitar as rotinas das pessoas nas suas relações com o mercado financeiro
Para todos os públicos já ficou comprovado que, com a utilização desses serviços, existe maior ganho de produtividade em relação aos prestados pelos grandes bancos. Entre os pontos positivos destaca-se a agilidade da solução de problemas, o custo reduzido de transação e a plataforma 100% tecnológica.
As fintechs ainda não foram testadas em casos de "falência". O Bacen ainda não prevê um Fundo Garantidor de Crédito, como existe para os bancos, caso ocorra uma "quebra". Há ainda o risco de saturação do mercado, uma vez que startups são muito fáceis de serem criadas.
Para o professor Balistiero, os desafios dessa circulação são pequenos e simples de serem ajustados. "Acredito que esse é um movimento que não pode ser revertido, uma vez que os aspectos positivos são muito maiores que os desafios que estão colocados", finaliza.