edição 77 - Novembro de 2016
Fábio Saad conta como a Engenharia foi fundamental para se tornar um dos principais headhunters do País
Desde o começo da operação no Brasil, o executivo trabalha na empresa de recrutamento Robert Half
Fabio Saad, engenheiro mecânico formado pelo IMT, dedica-se há quase 10 anos a uma das maiores empresas de recrutamento especializado do mundo, a Robert Half.
Desafio, aprendizado e evolução. O engenheiro mecânico, Fabio Saad, dedica-se a isso, durante quase 10 anos numa das maiores empresas de recrutamento especializada do mundo, a Robert Half.
Sua história com a área de Recursos Humanos começou durante uma entrevista de emprego para uma vaga em Engenharia.
“Após voltar de um intercâmbio na Inglaterra e no Canadá, onde estudei, enviei meu currículo para uma oportunidade em Engenharia. O entrevistador perguntou se eu já havia pensado em ser headhunter. Eu disse que sim. Na época, em 2005, esse mercado estava em início de desenvolvimento no País e eu achava que tinha muito espaço para profissionalização. Aceitei de imediato, porque sabia que era possível oferecer um serviço de alto nível nesse segmento”, explica.
Fábio conta que, logo que entrou na Robert Half, montou a área de Recrutamento de Executivos para Mercado Financeiro. Lembra que esse era um setor glamoroso, porém com um serviço de seleção de baixa qualidade. E sua visão estava certa. Antes de completar três anos na função, ele já havia contratado dezenas de diretores e gerentes para os bancos de investimento mais exigentes do País. Também cobria fundos de private equity, seguradoras e meios de pagamento.
“Ganhei fama e diversos prêmios com meu trabalho e rapidamente recebi a oportunidade de gerir equipes. Acumulei responsabilidades sobre a área de Finanças para indústria e serviços e, depois, sobre a área de Tecnologia. Como executivo, antes de completar 35 anos, cheguei a liderar seis gerentes que se reportavam a mim. Fui reconhecido também pelo meu trabalho nesse sentido, já que formei boa parte dos profissionais desse mercado. Essa atividade deu-me muita visão de mercado. Tenho contato com várias empresas, entendo como elas funcionam, quanto as pessoas ganham e quem são os melhores profissionais do mercado”, afirma.
Quando questionado sobre a escolha do curso de Engenharia na Mauá, o executivo explica que essa área é uma caixa de ferramentas básicas que você leva para a vida profissional. “A Engenharia diferencia você de outros profissionais porque aprendemos a utilizar a melhor ferramenta para cada situação. Seja em situações técnicas, seja a parte lógica da gestão”.
Ele conta ainda que na Mauá encontrou uma base sólida para iniciar sua carreira. “Escolhi a Mauá por ser uma instituição séria e uma referência dentro desse segmento. Sem dúvida, a pessoa que mais me inspirou no IMT foi o prof. Joseph Saab. Tive a oportunidade de aprender Mecânica dos Fluidos por seu intermédio e, no ano seguinte, participei da equipe do SAE Aerodesign 2001 sob sua orientação. Joseph foi minha grande referência. Já o projeto SAE Aerodesign 2001 foi meu grande laboratório. Para mim, funcionou como um acelerador de habilidades comportamentais e trabalho em equipe”.
Saad acrescenta que este também foi o período mais difícil de sua vida. “Trabalhava de dia, estudava à noite e dedicava finais de semana e algumas madrugadas no projeto. Mas, se voltasse no tempo, faria tudo de novo. Desenvolvi minha visão sistêmica e aperfeiçoei minhas habilidades comportamentais para trabalho em equipe. Como diria o prof. Joseph: “Projetar uma espaçonave para enviar à lua é relativamente fácil. O mais difícil é fazer com que as pessoas trabalhem em grupo para que isso aconteça”, relembra.
Para recarregar a bateria e preparar-se para os novos desafios, o headhunter gosta de viajar com sua esposa para desbravar as diferentes culturas do mundo. “Viajamos para a Ásia, Europa e América do Norte. Tivemos ótimas experiências na Turquia, Emirados Árabes, Índia, Japão, China, Singapura, Malásia e Tailândia. Afinal, países diferentes da nossa realidade ajudam a expandir nossa consciência”, acrescenta ao dizer que também gosta de tocar instrumentos musicais e jogar tênis.
Sobre os projetos profissionais, ele afirma que continua firme em seus projetos na Robert Half, desenvolvendo o mercado de Tecnologia durante o período de trabalho. “À noite dedico-me ao mercado de Inovação. Neste ano lancei meu blog chamado Futurevibe.me (www.Futurevibe.me) para escrever sobre startups que estão transformando o mundo com soluções inovadoras ou disruptivas. Alguns contatos próximos desse mercado rapidamente me ofereceram parceria. Hoje contribuímos para o desenvolvimento de negócios de empresas com soluções inovadoras. É um trabalho voluntário que faço com muito prazer".
O segredo para o sucesso, na sua visão, é ser autêntico e viver sempre com o olhar da criança. “Aprenda sempre algo novo. Observe a natureza e entenda seus ciclos. Só assim você enxerga as oportunidades”, reflete.
