edição 74 - Agosto de 2016

Da América para a Ásia: como a indústria automobilística projetou a carreira de Marcio Lucon

Inquieto e sempre em busca de novos desafios, o engenheiro mecânico trabalha atualmente na operação da GM, na Coreia.

O Engenheiro Mecânico, Marcio Lucon, ex-aluno da Mauá, conta como a Instituição agregou na sua trajetória profissional.  

Resiliência é a capacidade de adaptação positiva do indivíduo após momentos de adversidades e bruscas mudanças, certo? O engenheiro mecânico, Marcio Lucon, diretor de compras da GM International vem construindo sua carreira com base nessa linha e sempre extraindo as melhores oportunidades de cada mudança vivida.

“A chance de morar em outro país surgiu a partir das necessidades do negócio  com o programa de desenvolvimento de profissionais da empresa. Aceitei o convite, pois tinha certeza de que seria o melhor para mim e para a minha familia. Sou motivado por desafios. Ficar na zona de conforto me incomoda. Na minha visão, essa é a melhor forma de crescimento pessoal e profissional”, afirma Marcio Lucon.

O executivo explica que a GM International cobre desde a África do Sul e Oriente Médio até a Austrália, ficando fora apenas a China. “A maior operação da GM International é a GM na Coreia. O HQ da GM International fica em Cingapura, onde morei de junho de 2014 até junho de 2016. Em julho, mudei de função e continuarei reportando-me para HQ em Cingapura, porém tive de mudar com a família para Seoul, já que a maior parte da equipe de compras da GM International fica por lá”, acrescenta o executivo Lucon, ao contar que os principais desafios pelos quais passou nos últimos dois anos foi trabalhar em uma região com muita diversidade.

Entretanto, diferente do que pode parecer, essas dificuldades estão sempre impulsionando a carreira do profissional. “Acho que, quando trabalhamos numa indústria da qual gostamos do produto final, naturalmente nos esforçamos mais, além de trabalharmos com mais prazer”.

Afinal, a paixão por carros surgiu em sua vida desde criança. “Como quis trabalhar com automóveis desde muito jovem, decidi fazer Engenharia Mecânica. Eu sempre gostei muito da GM, então trabalhar nessa montadora era o meu desejo. Pesquisei onde a GM contratava novos engenheiros, e vi que a Mauá era uma das principais fontes.  E, realmente, a Mauá foi a minha ponte da escola para o trabalho. Durante os cinco anos em que estive na Mauá, aprendi não só a parte teórica, mas também a prática, principalmente nos últimos anos. Outro ponto de que não esqueço, é este:  quando estava perto de me formar, fiquei impressionado com o número de empresas que estavam recrutando alunos da Mauá. Foi uma excelente experiência”, afirma Lucon.

Após cinco anos de formado e também de atuação na General Motors, o executivo dedicou dois anos para fazer um full time MBA na Michigan State University. “Passei dois anos da minha vida só estudando. Acredito que a soma da formação na Mauá, com minha experiência profissional e o MBA deu-me condições para crescer profissionalmente. Quando terminei o MBA, recebi uma proposta de emprego nos EUA e outra para retornar ao Brasil na GM. Decidi retornar por ter adorado trabalhar nessa empresa. Acho que fiz a decisão correta, já que minha carreira evoluiu bastante a partir desse momento.”

O segredo para tanto sucesso? Lucon acredita que consiste em aceitar as oportunidades que aparecem e não se impor contra as possíveis adversidades. “Quatro anos após eu retornar do MBA, fui transferido para a função de gerente de programação de produção. Essa função nunca estaria na minha lista de posições em que eu gostaria de trabalhar. No início foi muito difícil. Felizmente, acabou dando tudo certo e os resultados foram aparecendo. A partir desse momento, dei um pulo na carreira. Acho que no início da vida profissional temos um conhecimento limitado e, por isso, fica complicado avaliarmos o que gostaríamos de fazer e o que não gostaríamos. Sempre fui para onde a empresa precisava de mim e isso me fez aprender e crescer”, comenta Lucon.

Nos próximos dois anos, o executivo continuará por Seoul, trabalhando muito e aproveitando as horas vagas para praticar exercícios e ficar com a familia. “Depois disso, estarei disponível para onde a GM precisar de mim”, finaliza o executivo.

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