edição 47 - Novembro de 2013
Eureka Mauá 2013 reuniu 137 trabalhos com foco em tecnologia inovadora
O Diwheel é um veículo elétrico no qual o piloto pode ficar em qualquer inclinação, inclusive de cabeça para baixo
A Eureka, exposição de trabalhos de conclusão de curso dos formandos de 2013 do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, aconteceu de 25 a 27 de outubro, no campus de São Caetano do Sul e recebeu recebeu mais de 6 mil visitantes. O evento mostrou soluções e produtos desenvolvidos pelos alunos da última série dos cursos de graduação em Administração, Design e Engenharia.
A exposição proporciona ao aluno a oportunidade de lidar com um desafio prático com prazos e metas a serem cumpridos, semelhante aos que ele encontrará na sua carreira profissional?, explica a professora Alessandra Dutra Coelho, coordenadora da exposição.
A Eureka tem sido catalisadora para empresas de vários setores da economia, que contratam e incentivam os alunos a desenvolver e refinar suas ideias no ambiente profissional. Dessa maneira, a exposição cumpre seu papel de aproximar o meio acadêmico do empresarial. ?A maioria dos trabalhos apresentados tem grande potencial de comercialização e essa característica atrai o interesse das empresas que enxergam na Eureka a oportunidade de contatarem novos talentos e encontrarem novos produtos e tecnologias?, conta a coordenadora.
Alguns dos projetos se destacaram nessa edição. São eles:
Robô controlado por ondas cerebrais ? o robô é capaz de entender os impulsos elétricos por meio de um Eletroencefalograma (EEG) e de viabilizar atividades básicas a pessoas com restrições motoras.
Diwheel ? Veículo elétrico, com duas grandes rodas paralelas e design inovador que permite ao usuário uma experiência única de locomoção e lazer. O assento do piloto fica entre as duas rodas e pode ficar com qualquer inclinação, inclusive de cabeça para baixo.
Drone socorro aéreo: O drone pode ser utilizado para salvar vidas em caso de afogamentos. Após localizar a vítima no mar, libera o equipamento de salvamento (boia) e emite um sinal com a localização exata da pessoa.
Monitoramento rodoviário para veículos comerciais (Safe driver) ? O produto é capaz de identificar comportamentos de direção perigosa ou fora do horário especificado por lei e enviar um alerta em tempo real para uma central de controle.
Bebida achocolatada de arroz simbiótica ? A bebida com extrato de arroz ainda não existe no mercado. Com paladar agradável, é nutritiva, sem lactose, sem glúten e sem as proteínas do leite.
Cerveja com farinha de banana verde ? parte do malte é substituí da pela farinha de banana verde, matéria-prima nacional de baixo custo e rica em amido e carboidrato, que é transformado em açúcares para a fermentação.
Suporte coletivo para bicicletas (Biciclift) ? O dispositivo visa diminuir os esforços para armazenar uma bicicleta em posição vertical, é seguro, modular e apresenta harmonia estética com o espaço urbano.
Liquidificador de baixo ruído ? Com um conceito inovador em sua forma, o liquidificador tem o motor invertido, acoplado em uma câmera que diminui seu ruído. Além disso, o projeto prevê um cilindro que servirá de invólucro ao copo na trituração de alimentos.
Instituto Mauá de Tecnologia recebeu a 10.ª Feira de Ciências do Projeto de Alfabetização de Jovens e Adultos ? PROALFA
Em 25 de outubro, aconteceu a 10.ª Feira de Ciências do Projeto de Alfabetização de Jovens e Adultos ? PROALFA. Resultado do convênio entre a Prefeitura de São Caetano do Sul e o Instituto Mauá de Tecnologia, o PROALFA foi iniciado em 1999 com o objetivo de erradicar o analfabetismo no município. O projeto conta atualmente com 11 turmas funcionando em dez núcleos, com 11 orientadores, dos quais 10 são alunos da Mauá.
Nesta edição, o tema foi Ciências Regionais. Ao todo foram expostos seis trabalhos: cultura surda, folclore, linguística, música, pratos típicos e turismo e, por meio deles, os alunos do PROALFA demonstraram o conhecimento adquirido ao longo do ano. Em especial, os alunos que abordaram cultura surda, são deficientes auditivos e contam com uma professora especialista nessa metodologia que desenvolve um trabalho diferenciado de alfabetização utilizando a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).
Entre os visitantes havia amigos, familiares e colaboradores do projeto. A secretária municipal de Educação de São Caetano do Sul, Ivone Braido Voltarelli, também esteve presente e enfatizou a import? ?ncia do projeto. ?Cada assunto abordado por eles é de suma importância como, o resgate das receitas de família, que remetem à infância de cada um. Realmente é gratificante estar aqui?, disse a secretária.
Já para a aluna Luzia Santana de Sá, 43 anos, que participa do projeto há seis anos, o projeto é muito importante, pois hoje ela consegue ler, escrever e ter independência para realizar atividades antes impensadas. ?Hoje leio sozinha as receitas médicas e busco sozinha por trajetos para chegar a lugares que preciso ir. É muito bom.?, conta.
O PROALFA utiliza diversas atividades que promovem a socialização e o resgate da autoestima, com o objetivo de facilitar o aprendizado, por meio da integração dos participantes com a comunidade. ? ??Neste ano o número de alunos é menor, em decorrência da diminuição da taxa de analfabetismo na região. Isto é muito gratificante para nós.? ? comenta a professora Edilene Amaral de Andrade Adell, que atua no projeto.
Para inscrever-se no PROALFA, a pessoa analfabeta deve residir em São Caetano do Sul e ter idade acima de 18 anos. As aulas são ministradas de segunda a quinta-feira, das 19h às 21h. Outras informações podem ser obtidas na Secretaria de Educação da Prefeitura de São Caetano do Sul, na Rua Alegre, 497, das 8h às 18h.
Os alunos do Instituto Mauá de Tecnologia que desejarem participar do projeto devem estar matriculados em algum curso de graduação do Centro Universitário e inscrever-se no processo seletivo, que ocorrerá no iní cio de 2014.
