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Manter o foco e acreditar nas decisões é o segredo do sucesso na opinião de Thais Fagury, gerente executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço
Thais Fagury é gerente da Abeaço e egressa da Mauá
Thais Fagury, graduada em Engenharia de Alimentos pelo Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, gerente executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), desenvolve projetos nas áreas de Comunicação, Educação, Meio Ambiente e Marketing com o objetivo de fomentar a utilização da embalagem de aço no País.
Thais conta que iniciou sua carreira profissional como estagiária da própria Mauá. “Meu primeiro estágio foi na própria instituição, na qual desenvolvia pesquisa para o mercado de produtos lácteos. O estágio era voluntário; foi importante para melhorar a desenvoltura profissional e como primeira experiência formal”, diz. “O segundo estágio surgiu um ano após o primeiro e foi no Frigorífico Marba, no segmento de produtos embutidos. Foi meu primeiro – e último – estágio remunerado”, rememora Thais. “No frigorífico, vivenciei os ambientes industrial e empresarial, adquiri conhecimentos práticos em diversas áreas e recebi diversas orientações profissionais.”
Para a executiva, é de suma importância que o universitário faça estágio em pelo menos duas áreas diferentes, pois os estágios dão melhor direcionamento à carreira, trazem mais responsabilidades, melhoram a desenvoltura e o conhecimento do ambiente empresarial. “Também é importante o estudo paralelo de idiomas, como o inglês e o espanhol, que são essenciais”, aponta.
O primeiro emprego foi o principal desafio que Thaís enfrentou, assim que deixou a Mauá. “Creio que acontece o mesmo com a grande maioria dos formandos”, pontua. “Na época, tinha certeza de que gostaria de entrar num programa de trainee. Enquanto enfrentava as dezenas de entrevistas e dinâmicas, eu ‘me virei’ fazendo consultorias em empresas de pequeno porte, com as experiências adquiridas nos estágios”.
As primeiras consultorias surgiram por indicação dos próprios professores da Mauá e, depois, por indicação das empresas. “Nesse meio tempo, passei em dois processos de trainee e optei por um deles – o da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional)”. Para Thais, a solução do desafio está justamente em não perder o foco e manter-se firme nas decisões. “Se fosse optar por remuneração, com certeza teria continuado com as consultorias, que me remuneravam com o dobro do que recebia como trainee”.
Thais, que também traz no currículo: uma pós-graduação em Gestão Empresarial pela Universidade de São Paulo (USP), experiência acadêmica em pesquisa de produtos lácteos, vivência no mercado de produtos lácteos e embutidos, assim como participação em projetos voltados para a indústria sucroalcooleira, afirma que o setor de construção civil, hoje, tem o maior déficit de mão de obra qualificada. “Os estados do Norte e Nordeste pagam hoje excelentes salários para profissionais recém-formados e pequenas fortunas para quem já possui experiência na área. O melhor da formação em Engenharia é dar ao profissional um leque enorme de opções e mobilidade para trabalhar em diversas áreas”, aponta a executiva.
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