Haia será o centro das decisões estratégicas da OTAN em 2025
A reunião de Cúpula promete decisões estratégicas em meio a um cenário global instável
De 24 a 26 de junho, a cidade de Haia, na Holanda, será palco da próxima Cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Realizadas periodicamente, essas cúpulas reúnem chefes de Estado e de governo dos países-membros para discutir temas centrais de segurança coletiva e cooperação estratégica.
A edição de 2025 marca os 76 anos da OTAN num cenário internacional tenso, ainda impactado pelos desdobramentos da guerra na Ucrânia e pelas crescentes tensões na região do Indo-Pacífico.
Rodrigo Gallo, Coordenador do Curso de Relações Internacionais da Mauá.“A agenda da Cúpula deve priorizar a consolidação do apoio à Ucrânia, o fortalecimento da presença defensiva no Leste Europeu e os compromissos financeiros dos membros com a defesa – um tema que volta ao centro das atenções com a vitória de Donald Trump nas eleições estadunidenses”, aponta Professor Rodrigo Gallo, Coordenador do Curso de Relações Internacionais.
Ainda de acordo com o professor, os líderes deverão debater não só o aprofundamento das parcerias com países do Indo-Pacífico, como Japão, Coreia do Sul e Austrália, como também o papel da OTRAM frente às novas tecnologias militares, à inteligência artificial e às mudanças climáticas como ameaças à segurança global. “Do ponto de vista geopolítico, a Cúpula servirá como um termômetro das alianças ocidentais e da coesão política entre os membros da aliança, especialmente diante das incertezas políticas na Europa e nos EUA”, explica.
No campo econômico, por sua vez, as decisões tomadas em Haia podem influenciar os mercados de defesa, estimular investimentos em inovação militar e reestruturar cadeiras estratégicas de suprimento. “A expectativa é a de que a Cúpula da OTAN em Haia vá além do simbolismo. Será um momento–chave para repensar a arquitetura de segurança transatlântica em tempos de transição e multipolaridade”, finaliza Professor Rodrigo Gallo.
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