edição 19 | Dezembro de 2010    

Os desafios de uma carreira internacional

Ex-alunos da Mauá integram a equipe do Projeto Carvão Moatize, em Moçambique, África


Ex-alunos da Mauá enfrentam grandes desafios em Moçambique, na África, com a implantação da infraestrutura da maior mina de carvão a céu aberto do mundo

Enfrentar o novo já é, por si só, um grande desafio. Imagine, então, trabalhar num Projeto que envolva a diferença entre diversas culturas, escassez de mão de obra qualificada, infraestrutura do país em processo de reconstrução e localização remota. Num país que ainda exibe os reflexos da Guerra Civil, que culminou em sua Independência em 1975, a palavra desafio parece não ser bastante para descrever a rotina dos ex-alunos de Engenharia do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia que integram o Projeto Carvão Moatize, em Moçambique. Morando em alojamentos provisórios, dentro do canteiro de obras, os integrantes do Projeto têm a missão de executar a difícil tarefa de administrar uma obra de grande porte somada às adversidades que a região da Savana africana apresenta.

A Construtora Norberto Odebrecht retomou suas operações em Moçambique em 2008, com a implantação da infraestrutura necessária para a exploração da maior mina de carvão a céu aberto do mundo, em regime de aliança com a Mineradora Vale. André Brumer, André Gallego, Armando Alves e Luiz Amarante fazem parte da Gerência de Controladoria, responsáveis por todo o controle de Custos, Forecast, Planejamento Físico, Documentação, Sistemas, Processos e Business Inteligence do Projeto, o qual prevê um investimento total de mais de USD 1,3 bi.

“Coragem, foco em resultado e espírito pioneiro”, nas palavras de Luiz Amarante, Gerente de Controladoria do Projeto Carvão Moatize, são características fundamentais para o sucesso dos profissionais que buscam desenvolvimento profissional fora de seu país de origem.  Segundo André Gallego, Engenheiro Coordenador de Information Control, “Moçambique possui apenas 35 anos na condição de país independente. Se o Brasil, independente há quase 200 anos, ainda sofre com enormes diferenças, podemos dizer que Moçambique apenas iniciou sua caminhada rumo ao desenvolvimento econômico e social”.

Mas, se por um lado Moçambique apresenta suas dificuldades, por outro demonstra um enorme potencial de crescimento. Construção e ampliação de portos, aeroportos e ferrovias, perspectiva de duplicação do Projeto Carvão Moatize, estudos para a exploração de outros minérios ao longo de todo o território, são apenas alguns exemplos das oportunidades que surgem nesse país africano. “Para quem busca alavancar a carreira, a África hoje apresenta diversas oportunidades. Mas é preciso estar preparado”, conta André Brumer, Engenheiro Coordenador de Forecast e Análise de Custos.

Hoje, o Projeto conta com mais de 6.500 pessoas dentro do canteiro, das quais, 350 de países como Brasil, Colômbia, Portugal, Estados Unidos, Argentina, Filipinas e Índia, além de empresas subcontratadas cujos países de origem são África do Sul, Filipinas e até a Austrália. Embora Moçambique adote o Português como língua oficial, são falados em suas diversas regiões aproximadamente 27 dialetos. Porém, com os diversos subcontratados, é adotado o idioma inglês em todas as reuniões de estratégia e acompanhamento.

A busca pela valorização profissional e o aprendizado por meio da exposição às diferentes culturas podem ser apontados como os grandes fatores de motivação para os brasileiros do Projeto Carvão Moatize. “Troquei um ótimo emprego na indústria automotiva do Brasil por esta experiência única na África. É uma aposta, mas até o momento tem compensado cada minuto, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal”, conta Armando Alves, Engenheiro de Planejamento e Controle.

O sucesso da equipe deve-se, basicamente, à criatividade e capacidade de inovação de seus profissionais, envolvendo a criação de novas ferramentas e metodologias de controle, além da aplicação de práticas e conceitos vindos tanto de bases acadêmicas, quanto de experiências profissionais adquiridas nos mercados automotivo, financeiro e de mineração. A adaptação desses conceitos ao mercado de construção civil é a chave para que os ex-alunos Mauá possam lidar de forma criativa com as dificuldades do dia a dia do Projeto Carvão Moatize, cujo término está previsto para outubro de 2011.

Site da Mau�  Twitter  Facebook  Youtube  Flickr  Google+  Blog da Mau�
Esta newsletter é uma correspondência autorizada pelo destinatário. Caso você deseje cancelar o recebimento, envie uma mensagem para comunicacao@maua.br com o assunto (subject) CANCELAR. Sugestões e comentários são bem-vindos e devem ser encaminhados para comunicacao@maua.br