INFOMAUÁ Mauá
edição 147 - Outubro de 2023

Alunos da Mauá desenvolvem projeto para retirar baleias-jubarte presas em redes de pesca no litoral brasileiro

O kit com ferramentas é projetado para ser economicamente mais acessível e menos agressivo às baleias

. A ONG Projeto Baleia-Jubarte firmou parceria com a Mauá para o desenvolvimento de ferramentas de desmalhe.

Como parte das atividades de extensão do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), os alunos dos cursos de Design e Engenharia Mecânica estão desenvolvendo um projeto em prol do meio ambiente, especialmente na proteção e bem-estar das baleias-jubarte, para livrá-las das redes de pesca, pois muitas têm ficado presas acidentalmente nesses equipamentos.

A presença das baleias-jubarte está crescendo no litoral brasileiro. Com o fim da caça comercial, a população brasileira de baleias-jubarte vem-se recuperando com sucesso,  atualmente estimada em mais de 30 mil indivíduos. Apesar de ser um espetáculo natural, a presença delas perto das praias está causando preocupação.

Por esse motivo, a ONG Projeto Baleia-Jubarte – instituição não governamental sem fins lucrativos dedicada à conservação marinha – firmou parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia para o desenvolvimento de ferramentas de desmalhe, isto é, para retirar redes de pesca do corpo de baleias.

“Chegar perto das baleias para soltá-las das redes não é uma tarefa fácil, pois são grandes, pesadas e, muitas vezes, estão estressadas e machucadas. Existe um kit de ferramentas específicas para cortar as redes e ajudá-las a distância, mas são equipamentos importados, de alto custo e não totalmente eficientes”, diz Eduardo Camargo - diretor da ONG, ex-aluno da Mauá.

Projeto brasileiro

. Professor Everaldo Pereira, coordenador do curso de Design da Mauá.O projeto dentro do IMT, iniciado no começo do ano, conta com a participação dos docentes e alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Design. “A ideia é apresentar um kit com ferramentas com melhores condições econômicas que possam ficar em cada posto de atendimento ao longo do litoral”, informa Camargo. O Professor Everaldo Pereira, coordenador do curso de Design da Mauá, é um dos idealizadores do projeto da ONG Projeto Baleia-Jubarte ao lado do professor do curso de Engenharia Mecânica, Claudio Bordinassi. Para a elaboração do projeto, a ONG apontou algumas necessidades. A garateia de captura do cabo ou rede, por exemplo, deve ser um pouco mais leve, pois é necessário lançá-la a pelo menos 15/20 metros.

“Os nossos alunos estão empenhados em oferecer um projeto cuja garateia tenha peso perfeito e seja resistente  para não amassar e segurar com facilidade os cabos. Além do mais, o ideal é que as ferramentas de corte apresentem facilidade de substituição da lâmina; assim, em caso de quebra ou perda de fio, seria mais fácil repor e afiar. É importante lembrar que o material será utilizado no mar e deve ser não só resistente à corrosão,  mas também forte para aguentar os impactos e não deformar, uma vez que os ângulos não podem mudar, pois são importantes para a função”, reforça Bordinassi.

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