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Manutenção de sistemas de climatização do ar ganha mais importância na pandemia

Aparelhos sem acompanhamentos podem prejudicar a saúde e disseminar agentes causadores de doenças

Manutenção regular de equipamentos é fundamental para garantir a boa qualidade do ar

A qualidade do ar que respiramos tem um grande impacto em nossa saúde. Além de sofrermos diariamente os efeitos da poluição dos grandes centros, as condições de preservação de aparelhos de climatização de ar também podem afetar nosso organismo de diversas maneiras.

Um sistema de climatização de ambientes fechados ou semifechados mal preservado acumula fungos, bactérias e ácaros e é capaz de propagar outros agentes causadores de doenças pelo espaço, provocando infecções e problemas respiratórios nas pessoas que frequentam o local. Em tempos de pandemia, no qual enfrentamos um novo vírus com grande potencial de contaminação, o problema torna-se ainda mais urgente.

O engenheiro Fernando Ulloa, responsável pelo controle da manutenção dos sistemas de ar-condicionado do Instituto Mauá de Tecnologia, explica que os ambientes climatizados artificialmente requerem cuidados especializados para que sejam mantidos em condições adequadas de funcionamento. Para isso, os sistemas instalados não apenas seguem critérios normalizados relativos à renovação de ar, bem como possuem características construtivas que permitem pleno acesso dos profissionais de manutenção para que sejam constantemente monitorados. Além disso, sempre que se implanta uma nova instalação de ar-condicionado, é elaborado um projeto especializado que garanta serem atendidos os  quesitos relativos à qualidade do ar interior do ambiente.

Engenheiro Fernando Ulloa conta que sistemas da Mauá recebem manutenção regular, realizada por equipe especializada

A manutenção preventiva dos equipamentos de ambientes climatizados artificialmente é feita frequentemente pela área de manutenção do Instituto com o objetivo de assegurar que a umidade e a renovação do ar estejam dentro de parâmetros adequados, evitando o acúmulo de impurezas e a disseminação de doenças. A qualidade do ar no ambiente é testada a cada seis meses por laboratório idôneo, seguindo a Resolução-RE n.º 09 de 16 de janeiro de 2003 da Anvisa.

É alocada uma equipe terceirizada especializada em manutenção preventiva de sistemas climatizados artificialmente, além de um engenheiro habilitado para garantir que os requisitos do Plano de Manutenção, Operação e Controle para Ar-Condicionado - PMOC sejam rigorosamente cumpridos. Além da assistência feita com regularidade, a Gerência de Manutenção e Serviços permanece atenta às novas recomendações emitidas pela Anvisa, sempre que necessário, incorporando as medidas que não estejam abrangidas no PMOC. "Até o momento, não foi identificada nenhuma orientação da Anvisa referente ao Coronavírus que afete o PMOC em prática nas instalações do IMT", diz Ulloa.

A manutenção preventiva dos ambientes climatizados artificialmente é realizada tanto no campus de São Paulo como no de São Caetano do Sul seguindo os mesmos critérios de qualidade e de preocupação com a segurança dos usuários. No campus de SCS, os ambientes da biblioteca e dos blocos W, P e Q contam com ar-condicionado central e sistema de renovação de ar mecanizada, para os quais a manutenção de filtros e limpeza de dutos de insuflamento são requeridas e realizadas sistematicamente. Os ambientes que contam com equipamentos individualizados passam por limpeza frequente.

Mesmo com todos os cuidados tomados pela equipe de manutenção, ainda pairam muitas dúvidas sobre a forma mais eficaz de fazer uso dos equipamentos de ar-condicionado frente ao contágio por Coronavírus. "Neste contexto de epidemia, torna-se fundamental que os usuários, sempre que possível, optem por manter o ar-condicionado desligado e portas e janelas abertas, para assegurar um ar ambiente de boa qualidade, em decorrência da abundante renovação de ar que se consegue dessa forma", explica o engenheiro.