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edição 109 - Dezembro de 2019

Antes de se formar, aluno de Engenharia garante vaga de emprego na Alemanha

Yuri Bunduki desembarca no Instituto de Pesquisas Espaciais da Alemanha para trabalhar numa importante missão


Aluno Yuri Bunduki destaca a importância da Mauá em sua formação para que pudesse começar a trilhar sua trajetória de sucesso. Yuri Bunduki, que vive um momento de ascensão em sua vida acadêmica, já se destaca no mercado de trabalho. Sua trajetória começou quando escolheu cursar Mauá, a princípio Engenharia de Controle e Automação, mas, depois, Engenharia de Computação, curso que concluirá em breve. 

Atualmente, o aluno é monitor de projeto no Núcleo de Sistemas Eletrônicos Embarcados (NSEE) da Mauá e participa do projeto PLATO, um dos satélites que serão lançados pela Agência Espacial Europeia (ESA). “Nesse projeto, desenvolvemos simuladores das ‘câmeras’ do satélite para as partes que trabalham no projeto poderem testar seus equipamentos sem depender, necessariamente, de as câmeras estarem prontas. Mas, especificamente, trabalho diretamente com a equipe austríaca e estou desenvolvendo o Sistema Operacional do simulador requisitado por eles”, destaca o aluno.

Em 2018, esteve na Inglaterra para representar a equipe no Congresso PLATO WEEK, do Institute of Astronomy da Universidade de Cambridge. “Na mesma viagem, passei um mês na agência espacial austríaca, a IWF, desenvolvendo e acertando o projeto em parceria com a equipe que irá utilizá-lo”, lembra.

Yuri destaca a importância da Mauá em sua formação para que pudesse começar a trilhar sua trajetória de sucesso. Aqui, além da teoria, um dos pontos fortes é desfrutar dos laboratórios que possuem tecnologias de ponta. “As aulas onde colocamos a ‘mão na massa’ sempre foram muito gratificantes e enriquecedoras, principalmente para mim, que trabalho diretamente com hardware”, comenta.

Como é seu dia a dia?

O aluno conta que, normalmente, grande parte do seu trabalho no NSEE consiste em pensar em formas de executar o que é preciso fazer. “Ao contrário do que as pessoas pensam, grande parte do meu dia é dedicada a esquematizar, diagramar as partes do sistema e ler a documentação fornecida que descreve os requisitos do projeto”, admite. “Programar de fato é mais uma pequena, porém importante parte do meu dia”, completa.

Como vai ser daqui para frente?

Yuri concluirá o curso em dezembro e decidiu, durante sua participação no projeto, que deseja começar a sua carreira no exterior. Como teve a oportunidade de interagir e mostrar o seu trabalho para diversos diretores de institutos espaciais europeus, sentiu que tinha dado seu primeiro passo. “Decidi que gostaria de sair do País e o laboratório entrou em contato com os parceiros. Por sorte, o Instituto de Pesquisas Espaciais da Alemanha, o DLR, tinha uma vaga. Em janeiro de 2020 começarei meu novo emprego como engenheiro no Instituto de Ótica da DLR. Tenho certeza de que as minhas experiências profissionais no NSEE me abriram as portas”, adianta, antes de agradecer aos profissionais que fizeram parte de sua trajetória. “Sou muito grato ao Prof. Tiago Sanches e ao Prof. Dr. Vanderlei Parro, que confiaram em mim e me deram essa oportunidade incrível de aprender com as ‘mãos na massa’.”

No novo projeto, o aluno trabalhará no sistema operacional que controlará uma das câmeras de um subsistema  do projeto MMX, um projeto de colaboração entre a JAXA, DLR e CNES, da França, para a exploração de uma das luas de Marte, a Phobos, de onde vão coletar amostras diversas. A missão pousa no seu destino em 2024.

Além do trabalho, Yuri é fotógrafo amador e um leitor ávido, e pretende manter seus passatempos em atividade. Para quem se inspirou na sua história, um conselho: “Pode parecer lugar comum, mas é a verdade: não tenham medo de recomeçar se isso deixar vocês mais próximos do seu sonho. Nunca é tarde demais! E, claro, estudem muito, muito mesmo, pois isso sempre é recompensado depois, mesmo que pareça inútil num primeiro momento.”

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