edição 89 - Março de 2018
Confira o ponto de vista do Superintendente Geral da Mauá, prof. Francisco Olivieri
De acordo com o Prof. Francisco Olivieri, estamos passando por um momento de polarização ideológica, o que pode atrasar o desenvolvimento do País.
Depois das turbulências políticas e econômicas vivenciadas nos últimos anos, 2018 começa com esperança. O mercado aposta que esse seja um período de retomada do crescimento econômico do Brasil e geração de trabalho. Mas é importante lembrar que temos dois grandes eventos programados: Copa do Mundo e eleições. Será que esses importantes acontecimentos vão influenciar o País?
Segundo o professor Francisco Olivieri, Superintendente Geral Mauá, a perspectiva é a de que a economia comece a se recuperar de forma tímida. "Neste ano, os entraves para uma aceleração no nível desejado são as eleições e a não implementação da reforma previdenciária. Esses fatores vão segurar o desenvolvimento econômico. Por causa da não aprovação da reforma previdenciária, a S&P rebaixou a nota de risco do Brasil e, agora, quem fez o mesmo foi Fitch. Isso pode afastar os investidores dos quais dependemos para financiar projetos de desenvolvimento, já que a poupança interna não é suficiente”, explica.
De acordo com Olivieri, a Copa do Mundo não deve ter influência relevante, haja vista o que aconteceu em 2014, quando sediamos o evento. "As eleições têm papel importante, pois as reformas deverão ser deixadas de lado, já que os parlamentares estarão preocupados com sua reeleição ou a eleição de candidatos de seu interesse estratégico", comenta.
Independentemente dos resultados dessa eleição, em 2018 nada muda. "A partir do cenário conhecido das eleições, poderemos falar no Brasil dos próximos quatro anos, uma vez que os resultados das eleições serão conhecidos no final de 2018. Passamos por um momento de polarização ideológica, o que não é bom, pois atrasará, ainda mais, o desenvolvimento do país. Acredito que grande parte do eleitorado buscará um candidato de centro, falando de presidência da República, o que deverá trazer mais esperança para o crescimento econômico e social", explica.
Por isso, para este ano, os empresários e os consumidores devem continuar agindo com cautela devido à incerteza do cenário político que impacta diretamente a economia do país.