edição 83 - Julho de 2017
Professor Ricardo Balistiero comenta o tema e conta o que está previsto para os próximos meses
De acordo com Ricardo Balistiero, independentemente do resultado da crise política, até o final de 2018 não se percebe uma grande mudança na orientação das reformas propostas.
Os últimos três anos têm sido marcados por um período de forte recessão no Brasil, o que gerou uma profunda estagnação no mercado. O último ano com crescimento expressivo obtido foi 2010. Mesmo assim, não se tratou de um salto significativo - como aconteceu entre 2004 e 2007, por exemplo - uma vez que 2009 foi um ano de estagnação.
Assim como ocorreu na década de 1980, a verdade é que estamos acumulando, novamente, mais uma década perdida a partir dos impactos causados pela crise atual.
Para o segundo semestre de 2017, infelizmente, as notícias ainda não são tão animadoras. Todas as projeções econômicas estão atreladas à agenda política e essa ainda é uma incógnita, já que não se sabe qual será o desfecho da crise política.
Em contrapartida, o ponto positivo é que existe uma blindagem da equipe econômica. "Independentemente do resultado da crise política, até o final de 2018 não se percebe uma grande mudança na orientação das reformas propostas, e isso é positivo. O ponto central é que o atual governo se enfraqueceu, o que dificulta as negociações com o Congresso Nacional, retardando a retomada do crescimento", explica o professor Ricardo Balistiero, coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia.
É importante ressaltar que há projeções positivas para o segundo semestre de 2017.
Algumas projeções para o segundo semestre do ano, porém, não são tão negativas. Segundo os economistas, devemos ter nos próximos meses:
"Embora os indicadores estejam abaixo do esperado, eles fazem com que olhemos para 2018 com um pouco mais de otimismo, principalmente por causa da retomada cíclica do crescimento", acrescenta o professor.
No entanto o prof. Balistiero acrescenta que não é o momento de assumir riscos. "Se está pensando em fazer uma compra que não é essencial neste momento, adie sua decisão. Além de o crédito estar caro, há a instabilidade no mercado de trabalho. Não é hora de correr riscos. O momento pede cautela. Espere a tempestade da crise passar, pois ela ainda está causando estragos na economia", finaliza o coordenador.