edição 81 - Maio de 2017

Prestes a embarcar numa experiência internacional, Patrícia Arnostti conta sua trajetória como Engenheira de Alimentos

Após 16 anos no ramo de Alimentos, ela vai assumir o cargo de Diretora da Europa, África e Oriente Médio de Consumer & Market Insights, na Symrise

Após 16 anos na Indústria de Alimentos, Patrícia Arnostti, ex-aluna da Mauá, assumirá o cargo de Diretora da Europa, África e Oriente Médio na Symrise.

"Minha relação com a Engenharia de Alimentos começou cedo e de forma curiosa. Durante o 'colegial', fiz vários testes de aptidão e era boa aluna na área de exatas. Ao mesmo tempo, tinha uma amiga muito próxima que era celíaca e comecei a investigar mais o tema. Muitos artigos eram relacionados com glúten e formulação de produtos, e comecei a me interessar por ler mais sobre processos de fabricação de alimentos.  Na época de prestar vestibular escolhi, por isso cursar  Engenharia de Alimentos, na Mauá", explica Patrícia Arnostti, atual Diretora América Latina de Consumer e Market Insights, na divisão de Fragrâncias na Symrise

Sua carreira na área de alimentos começou há 16 anos, quando fez seu primeiro estágio numa indústria pequena de sucos concentrados. De lá, ela migrou, também como estagiária, para a Linguanotto, em São Caetano do Sul (SP) e logo recebeu um convite para participar do processo da IFF Essências e Fragrâncias, no Rio de Janeiro, na área de Análise Sensorial e Pesquisa com Consumidores.

"Fui escolhida e comecei a trabalhar no ramo de Aromas para Alimentos. De Analista a Gerente América Latina, passei por todas as fases de carreira de maneira muito satisfatória, entre duas empresas: IFF Essências e Fragrâncias e Symrise Aromas e Fragrâncias Ltda", conta a engenheira, ao destacar que, nos últimos dois anos, foi convidada a assumir como Diretora América Latina de Consumer & Market Insights, porém no ramo de Fragrâncias na Symrise.

E sua ascensão profissional não parou por aí. No próximo mês, ela mudará  para Paris e assumirá  como Diretora Europa, África e Oriente Médio de Consumer & e Market Insights.

"Minha gestora Global, que fica nos EUA, pediu-me para cobrir as tarefas da Europa em setembro de 2016, quando a posição ficou vaga. Assumi como Diretora interina enquanto o processo de seleção de profissionais estava ocorrendo. Fui convidada a participar desse processo e, após decisão do board da empresa, escolheram-me para a vaga, dentre profissionais europeus. Realmente, será um grande desafio dirigir um mercado tão grande e tão maduro como a Europa. Mas sinto que somos muito competentes. Os profissionais da América Latina podem ser tão especializados e capacitados quanto os vários profissionais de outras regiões do mundo", acrescenta ela.

Patrícia acredita que ter sido graduada em Engenharia na Mauá é outro diferencial importante para a projeção da sua carreira. Segundo ela, qualquer engenheiro graduado na Mauá é muito versátil e completo. "O curso me permitiu ter uma visão do todo, desde processos, equipamentos, formulações, microbiologia de alimentos, até administração e economia. Considero que o conhecimento técnico, pelo qual a Mauá foi a grande responsável, além do meu desenvolvimento em liderança de pessoas, sem o qual não seria possível assumir cargos de gestão e direção das empresas, tenham sido os grandes diferenciais para o sucesso na minha carreira", afirma a Engenheira.

Ela  destaca que a Mauá ensina como descobrir o desconhecido, a ser curioso e criativo na maneira de solucionar os problemas enfrentados no dia a dia e isso é fundamental para o líder. "Casos reais da indústria são questões de provas;  simulações de processos são temas das aulas e elaboração de soluções são pontos principais de TCCs. Nunca me esqueço das minhas aulas de microbiologia de alimentos. Minha mãe quase ficou louca em casa quando joguei fora todas as colheres de pau da cozinha por temer a  contaminação e proliferação de fungos. Sempre apliquei meu conhecimento de química de alimentos nas discussões com colegas e clientes, buscando a melhor solução para desenvolver alimentos saudáveis e prazerosos para os consumidores", destaca.

"A indústria de Aromas para Alimentos é classificada como indústria química, e fornece aromas para grandes empresas e marcas renomadas, como: Coca-Cola, PepsiCo, Mondelez, BRF, Unilever, Danone, entre outras. O tipo de negócio é considerado como B2B, sendo necessários fortes skills profissionais de atendimento ao cliente e conhecimento técnico de alimentos e bebidas. Desenvolver um delicioso aroma de morango para um iogurte, um suculento aroma de churrasco para um salgadinho ou um sabor de laranja mais natural para uma bebida são tarefas da indústria de Aromas. Assim, temos de conhecer  formulações, processos e equipamentos da indústria de alimentos para melhor desenvolver aromatizantes apropriados e prazerosos para os consumidores. Nada disso seria possível sem as aulas de Análise Sensorial e Estatística, uma vez que   as duas disciplinas são base para o meu trabalho e análise da informação que coletamos", complementa.

Para equilibrar a rotina pessoal e profissional, a engenheira de alimentos conta que gosta de ouvir música, assistir a filmes e viajar. "Curtir meu filho e minha família nos finais de semana é um grande prazer, já que tenho uma vida profissional bastante intensa e ativa durante a semana".

Desejamos boa sorte para Patrícia em seu novo desafio profissional em terras parisienses.

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