edição 76 - Outubro de 2016

Mauá cresce na área de Manufatura Avançada

Instituição está engajada numa série de projetos importantes de Manufatura Avançada, que contribuem para a formação dos estudantes

A iniciativa contou com a colaboração de 23 empresas e 162 profissionais.

Entre outubro de 2015 e maio de 2016, o Instituto Mauá de Tecnologia participou do gerenciamento do projeto, da execução e da operação do Primeiro Demonstrador dos Conceitos de Manufatura Avançada. Concebido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) por meio do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos (IPDMAQ), essa iniciativa contou com a colaboração de 23 empresas e 162 profissionais coordenados pelo prof. Ari Nelson Rodrigues.

Um dos pilares para o sucesso da iniciativa nacional para a Manufatura Avançada é a formação de competências para o novo e complexo ambiente tecnológico. O ideal é que sejam implantadas ações concretas para a formação da próxima geração de profissionais, principalmente nas áreas de Engenharia.

Além disso, é preciso levar em consideração que as exigências na formação sistêmica,  e não somente na especialização, somadas às rápidas mudanças nas relações de trabalho  num futuro próximo, são aspectos que devem ser inclusos de imediato nos currículos das instituições de ensino.

Professor Antonio Cabral comenta a experiência de participar do Primeiro Demonstrador dos Conceitos de Manufatura Avançada.

“A Mauá já vem desenvolvendo essa mudança de metodologia no ensino de Engenharia desde 2007, por meio do projeto intitulado Fábrica Virtual, que orienta o ensino no programa de Engenharia de Produção.  Em 2016, após três anos de pesquisa aplicada e metodologia de ensino desenvolvidos no Laboratório de Comissionamento Virtual (LCV), foi dado início ao projeto para a construção de uma Instalação Didática-Piloto para Manufatura Avançada. Esse projeto está sendo desenvolvido em quatro fases, com término previsto para junho de 2017. A primeira fase deverá operar a partir de fevereiro de 2017”, explica o professor Antônio Cabral, coordenador do curso de Engenharia de Produção do Instituto Mauá de Tecnologia.

A iniciativa da Mauá é abrangente e terá como beneficiários imediatos os cursos de Engenharia de Produção, Engenharia da Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Design e Administração.

O que vem pela frente

É impossível pensar o futuro sem se considerarem os avanços tecnológicos que se manifestam como a Manufatura Avançada e a Internet das Coisas.

“Em 2011, a aquisição do primeiro pacote de softwares foi o marco de entrada do curso de Engenharia de Produção na tecnologia de informação como instrumento de criação de gerenciamento dos sistemas produtivos. Um ano depois, com o apoio da ThyssenKrupp System Engineering, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos – IPDMAQ/ABIMAQ e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, foi criado o Laboratório de Comissionamento Virtual, cujo objetivo é simular a partida de linhas de processo com ajuda de softwares para minimizar riscos e reduzir custos”, acrescenta o coordenador.

Além disso, o professor explica que, mais recentemente, o gerenciamento do projeto de montagem de célula de manufatura avançada para a ABIMAQ e o projeto de instalação de outra no Campus de São Caetano do Sul, evidenciam a importância desses projetos para o Instituto Mauá de Tecnologia.

“Em síntese, podemos dizer que esses projetos permitem que a Mauá se posicione no primeiro plano entre as instituições de ensino superior por estar sintonizada com os avanços da tecnologia de manufatura. Além disso, é importante ressaltar que esses projetos colaboram na formação de competência dos alunos, tornando-os mais aptos a competir no mercado profissional. Para o Instituto Mauá de Tecnologia, cria-se um ponto de encontro das empresas que utilizam tecnologias de ponta em seus processos, fato que abre espaço para projetos do Centro de Pesquisa”, explica.

Para os próximos anos, a Mauá tem como foco dar continuidade aos projetos em andamento e identificar novas oportunidades de aplicação tanto no ambiente acadêmico quanto no de pesquisa aplicada, por exemplo:

# consolidar um programa de manufatura avançada multidisciplinar no Centro Universitário;

# estabelecer parcerias nacionais e internacionais com as instituições de ponta nesse tema;

# promover o intercâmbio de professores e alunos com essas instituições;

# incorporar conhecimento e estabelecer metodologia para incluir no portfólio de serviços prestados pelo Centro de Pesquisas;

# desenvolver métodos para que esse conhecimento esteja disponível para empresas de menor porte, por meio do Birô de Apoio à Competitividade das Micro, Pequenas e Médias Empresas.

Por dentro da Manufatura Avançada

Conforme explicação do prof. Ari, em 2014  foi criada a Câmara Máquina a Máquina (M2M) pelo Ministério das Comunicações para desenvolver o Plano Nacional de Comunicação M2M e Internet das Coisas.

A iniciativa brasileira reforçou-se em 2016, por meio do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a criação de uma força tarefa em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Nacional da Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI) e Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para reunir as opiniões de especialistas sobre o tema e desenvolver uma Política Nacional de Manufatura Avançada.

O governo brasileiro adotou o termo Manufatura Avançada (do inglês, Advanced Manufacturing), no seu esforço inicial para estabelecer uma política industrial nacional sobre o assunto. Porém o mercado também aborda o tema como Indústria 4.0 (do alemão, Industrie 4.0). O nome foi conferido à estratégia recomendada pela ACATECH - National Academy of Science and Engineering – ao governo alemão para ser o fornecedor global de tecnologia para esse novo estágio tecnológico dos arranjos produtivos, denominado iniciativa Indústria 4.0.

“O sufixo 4.0 remete ao que se convencionou chamar de quarta revolução industrial e foi introduzido, como dito, no documento da ACATECH com as recomendações para a estratégia do governo alemão em 2013, embora iniciativas, em ordem cronológica, já fossem conhecidas em outros programas: Coreia do Sul iniciado em 1992;  Japão, em 2008;  China, no 12.° Plano Quinquenal 2011-2015 e Estados Unidos, 2011.

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