edição 67 - Novembro de 2015
Fabio Terzini Soares atua nas áreas de Engenharia de Petróleo e Geociências do Center for Coal Seam Gas, da The University of Queensland
Ex-aluno da Mauá, Fabio Terzini Soares, conta como foi importante sua formação na instituição e como hoje ele aplica seus conhecimentos na Engenharia Química
Quando optou por estudar Engenharia Química, Fabio Terzini Soares imaginava-se trabalhando numa plataforma de petróleo. Além do gosto pela área de exatas, ele também sempre teve interesse em temas relacionados ao segmento de Oil & Gas. E, como normalmente a gente atrai o que pensa, sua carreira foi desenhando-se e seguindo um caminho muito próximo ao desejado.
“Meu primeiro estágio foi na Engenharia de Processos das unidades Química e Petroquímica da Oxiteno. Depois, atuei como engenheiro de processos na WorleyParsons, onde participei de diversos projetos, entre eles de uma refinaria de petróleo. E agora faço parte do Centro de Energia da The University of Queensland, onde trabalho na área de subfície”, conta ao refletir sobre a trajetória que o levou a chegar a essa experiência internacional tão importante para a sua carreira.
Atualmente, Terzini trabalha no Centre for Coal Seam Gas (CCSG) da The University of Queensland, onde atua principalmente nas áreas de Engenharia de Petróleo e Geociência ligadas à produção de gás natural de reservatórios não convencionais. “Esse centro é financiado pela Universidade e pelas quatro maiores indústrias de Óleo & Gás da Austrália. Estou desenvolvendo meu projeto de PhD na área de Engenharia Química e, também, dou aulas de exercício de Operações Unitárias da Indústria Química para alunos de penúltima série”, afirma.
O profissional conta que, após ter contato com a área acadêmica, identificou-se muito com a atividade e pretende seguir ministrando aulas. “Meu primeiro contato com o universo acadêmico foi na UQ (University of Queensland). Mesmo tendo a indústria como foco, pretendo seguir com a área acadêmica em paralelo, assim como fazem diversos professores da Mauá e da própria UQ”, complementa.
Com a oportunidade de conhecer mais profundamente uma grade curricular internacional do curso de Engenharia Química, Fábio orgulha-se ao falar que estudou numa instituição de ensino tão capacitada quanto a Mauá.
“O IMT possui uma estrutura de disciplinas muitas vezes mais competitiva e aprofundada do que as que já vi na Austrália. Hoje vejo quão importante para mim foi estudar na Mauá. A instituição abriu-me um mundo de possibilidades. As aulas de Fenômenos de Transporte e Operações Unitárias, que tive na Mauá, foram essenciais para minha escolha de seguir na área técnica. Hoje tento unir aquilo que aprendi na graduação com minha experiência profissional, para orientar os alunos a desenvolverem projetos no curso de Operações Unitárias aqui da UQ”, complementa.
Nas horas vagas, o profissional busca inspiração para seus projetos ao jogar tênis, praticar boxe e divertir-se com os amigos. “Ainda não sei se pretendo fixar-me aqui na Austrália. O projeto no qual estou envolvido no momento tem previsão de ser concluso até 2018. Portanto até lá continuarei por aqui. Mas também enxergo o Brasil como um país com grande potencial, talvez não neste exato momento. Porém não descarto a possibilidade de voltar e desenvolver trabalhos relevantes no meu país de origem”, relata.
Um dos pontos que Fábio destaca como o grande diferencial para seu sucesso é ficar atento aos sinais do mercado de trabalho e da economia. “Decidi vir para Austrália num momento em que as empresas de Engenharia começaram a sentir os primeiros sinais da desaceleração da economia. Foi, então, que comecei a analisar diversas possibilidades. Para mim, essa ligação entre indústria e universidade foi o ponto-chave para eu seguir em frente com essa proposta”, finaliza.