edição 61 - Maio de 2015

2015 será o ano da ponderação nos gastos e de muito planejamento financeiro

Prof. Francisco Olivieri, Superintendente Geral do Instituto Mauá de Tecnologia

Com inflação e juros em alta, no segundo semestre deste ano, o cenário econômico deve repetir o mesmo ritmo que estamos vivendo neste início de ano. Infelizmente, não há perspectivas de melhorias nos próximos meses e podem até ocorrer casos de demissões e uma retração na oferta de empregos,  já que não devemos ter crescimento econômico significativo.

Segundo o Superintendente Geral do Instituto Mauá de Tecnologia, prof. Francisco Olivieri, os sinais de melhorias deverão ocorrer daqui a dois anos. “Qualquer recuperação econômica deve acontecer a partir de 2017, dado que os ajustes fiscais necessários para que a política monetária adequada seja implementada ainda estão em andamento. Hoje, ela ainda é incipiente para respaldar um crescimento sustentável”, comenta prof. Olivieri.

Nossa moeda também deve continuar depreciada frente ao dólar e ao euro. “O Brasil é importador de diversos insumos e produtos - finais e intermediários - e a manutenção da depreciação da moeda nacional deve gerar inflação de custos. Infelizmente, os exportadores de commodities e de alimentos não conseguem beneficiar-se das exportações mais baratas, tendo em vista uma redução do consumo no mercado externo”, acrescenta prof. Olivieri.


Em 2015,  mais cuidados financeiros devem ser levados em conta;

Para evitar perdas financeiras desnecessárias neste momento, o consumidor deve priorizar a elaboração de um bom planejamento financeiro, adquirindo somente o que for necessário. Não é o momento de investir em troca de bens duráveis. “As tarifas públicas foram majoradas e já impactam os orçamentos domésticos, o que, por si, reduz o poder de compra das famílias. Ainda, o fantasma do desemprego ronda as unidades familiares. Por isso, quando se fala em consumo, ao se tratar de um bem durável, melhor é retardar a aquisição”, explica o professor. E acrescenta que o lado positivo está em que,  com o desaquecimento da economia, os preços de alguns produtos devem estabilizar-se.

No caso das empresas, os gastos são válidos quando a aquisição de máquinas e equipamentos fizer a diferença na redução de custos da produção, tornando os produtos mais competitivos. Nesse caso, vale utilizar o caixa, se houver disponibilidade, ou fazer o financiamento fomentado, tipo BNDES.

2015 é um ano que pede cautela para todos. Talvez no segundo semestre sejam definidas medidas políticas, impulsionadas pela pressão das manifestações da população, mas a reação da economia deve acontecer de forma muito embrionária em 2016 para começarmos a ter um pequeno crescimento econômico em 2017.

O jeito é aguardar.

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