edição 61 - Maio de 2015
Ilustração do Cubesat que está sendo desenvolvido pelos alunos de Engenharia Elétrica, Computação e de Controle e Automação do Instituto Mauá de Tecnologia

Ilustração do Cubesat que está sendo desenvolvido pelos alunos de Engenharia Elétrica, Computação e de Controle e Automação do Instituto Mauá de Tecnologia
Cubesat é um tipo de satélite em miniatura, no formato de cubo, medindo 10 cm x 10 cm x 10 cm, usado para pesquisas espaciais e comunicações radioamadoras. No mundo inteiro, os projetos de Cubesat são desenvolvidos por alunos e é uma oportunidade que eles têm de aprenderem a trabalhar com sistemas complexos e multidisciplinares.
Há dez anos, o Instituto Mauá de Tecnologia por meio do Núcleo de Sistemas Eletrônicos Embarcados (NSEE) iniciou a atuação em pesquisas e projetos na área aeroespacial. O professor Vanderlei participou de um projeto da Agência Espacial Europeia (ESA), denominado de CoRoT, que enviou um telescópio para descobrir planetas e sistemas planetários além do Sistema Solar. Atualmente, o NSEE trabalha no projeto Plato, também em cooperação com a ESA. No final deste ano, o objetivo é apresentar o Cubesat para o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para que o conceito do satélite seja avaliado. O próximo passo é apresentar à França, já com o conceito revisado.
“Nessa fase inicial, os alunos da Mauá dos cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia de Computação e de Engenharia de Controle e Automação, diretamente ligados ao projeto do Cubesat, estão tendo a possibilidade de entenderem o desenvolvimento de um sistema complexo na prática, já que os modelos de gravidade, estrutura, temperatura, entre outros, são diferentes”, explica o professor do curso de Engenharia Elétrica e coordenador do projeto, Vanderlei C. Parro.
“A participação da Mauá é muito importante neste tipo de projeto, pois representa a possibilidade de proporcionar aos alunos mais uma oportunidade de inserir seu trabalho num cenário internacional. Ao final do Cubesat, a equipe que o está desenvolvendo poderá participar de concursos no mundo inteiro para apresentar o trabalho”, acrescenta o professor Parro, ao reforçar que, para a Mauá, é uma porta de entrada para ocupar um papel relevante na área aeroespacial, principalmente no que tange a sistemas eletrônicos.
A Mauá conta com o apoio do Projeto Citar (Circuitos Integrados Tolerantes à Radiação), que está inserto no “Programa CI Brasil”, financiado pela FAPESP, pelo CNPq e pela FINEP, e conta com a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), do Centro de Tecnologia da Informação Renato Acher (CTI Renato Acher), da FACTI Tecnologia da Informação, do Instituto de Física da USP (IFUSP) e da DTH.
“Queremos que nossos projetos contribuam para a formação de engenheiros com qualificação para desenvolver e participar do desenvolvimento de sistemas complexos cada vez mais necessários e presentes na sociedade atual ", explica o professor.