edição 59 - Março de 2015

Investimento em renda fixa e controle no gasto excessivo são as recomendações para um ano mais lucrativo


O atual cenário econômico de alta de juros torna necessário avaliar melhor as escolhas de como gastar o dinheiro e onde aplicá-lo

2015 começou e as notícias divulgadas até o momento sobre o cenário econômico do País não são muito animadoras. No final do ano passado, 2015 já havia sido diagnosticado pelos especialistas de mercado como um ano de cautela em relação às finanças e à economia do País. Alguns apontaram esse ciclo como um período de ajuste, em que várias reformas precisarão ser feitas para garantir a saúde da economia brasileira. Inevitavelmente, os consumidores sofrem diretamente os impactos de tantas mudanças e precisam buscar alternativas para diminuírem as perdas, encontrando uma forma de tornarem suas aplicações mais rentáveis. A boa notícia é que existem caminhos para poupar as reservas e obter boas margens de ganhos.

Segundo o professor e coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero, o cenário atual é de alta de juros e isso ser uma tendência para 2015 e 2016. Por isso, é preciso avaliar melhor as escolhas de como gastar o dinheiro e onde aplicá-lo. "Nossa taxa básica de juros foi ajustada duas vezes depois da reeleição da presidente Dilma e esse ponto baliza todos os demais. Essa tendência deve corrigir boa parte das aplicações de renda fixa, que oferecem menor risco para o investimento. Portanto 2015 é um bom ano para a aplicação em renda fixa", explica.

Em se tratando de renda fixa, há algumas opções que pagam boas taxas de juros:

  • Letras de crédito de Agronegócios (LCAs) - "É uma opção atrativa, pois recebem a isenção do IR e IOF, apresentam boa rentabilidade e baixo risco. Nesse investimento, os recursos são destinados ao fomento do agronegócio;
  • CDB de bancos de primeira linha - "trata-se de um empréstimo feito pelo correntista ao banco, podendo ser pré ou pós-fixado. O principal risco da aplicação em CDB é de o banco quebrar. Por isso, a recomendação é investir em bancos de primeira linha; "
  • Tesouro Direto - "É a venda de títulos públicos a pessoas físicas. A taxa de rendimento é atrativa e as taxas de administração e de custódia são baixas. Imposto de Renda só é cobrado no momento da venda, pagamento de cupom de juros ou vencimento do título"

Para as aplicações em rendas variáveis, a recomendação é ter cautela. "A renda variável ainda está muito instável. Boa parte do índice Bovespa é definido pela Petrobrás e, devido aos últimos acontecimentos, as ações estão em desvalorização", explica o professor, que aconselha a não investir também na caderneta de poupança. Porém, para quem já tem aplicação em renda variável, a orientação é ter paciência, especialmente para quem comprou ações da Petrobrás. "Temos de confiar que o segundo mandado do atual governo passe a empresa a limpo e as ações voltem a subir. Mas isso é em médio e longo prazos", afirma o prof. Balistiero.

Uma aplicação alternativa e também lucrativa em médio e longo prazos são os fundos de previdência privada. Existem dois modelos:

  • VGBL - indicado para quem declara imposto de renda no modelo simplificado;
  • PGBL: destinado a quem declara o imposto de renda no modelo completo, permitindo um abatimento de 12% da renda bruta.

Os desafios da economia são grandes ao longo dos próximos anos. Mas o consumidor que souber poupar adequadamente seu dinheiro, evitando dívidas e gastos desnecessários, tem a possibilidade de sofrer menos impacto negativo em 2015. "Invista seu tempo na atualização da planilha de finanças pessoais, avalie a real necessidade de comprar um carro novo, roupas, sapatos e itens que podem esperar um pouco e procure poupar, optando pela melhor forma de investimento de acordo com o seu perfil. Os métodos de controle não são inovadores, mas funcionam", conclui o professor.

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