edição 41 - Maio de 2013

O Ministério da Fazenda anunciou, no final de março, a decisão de manter o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido até o final de 2013 para os produtos do setor automobilístico, que incluem veículos de passeio e caminhões. A alíquota para veículos populares de até 1.000 cm3 (1.0), por exemplo, subiria de 2% para 3,5% em 1.º de abril. Para os caminhões, a alíquota permanece zero.
Essa medida foi tomada depois de o Ministério antecipar que não atingiria a previsão de crescimento de 4,5% na produção de veículos neste ano. Ainda assim, o congelamento do IPI foi um dos motivos para a fabricante Audi conceder um desconto médio de 10% em toda a sua linha e para a Hyundai baixar o preço do veículo HB20S.
Em 2011 e 2012, a alíquota do setor automobilístico teve redução do IPI a zero após queda nas vendas do ramo. O valor teve de ser posteriormente elevado, já que o governo não pode abrir mão de impostos por um longo período, segundo Francisco José Olivieri, professor dos cursos de Administração e de Engenharia do Instituto Mauá de Tecnologia. ?A redução do IPI serve para estimular a economia a fim de ajudar a manter os níveis de produção e emprego do País, mas, como o governo precisa de tributos para cobrir gastos de custeio, a redução não pode ser mantida indefinidamente?, afirma.
Prof. Olivieri ainda explica que a redução do IPI é decidida pelo governo conforme a necessidade de estímulo a determinados ramos da indústria.Os consumidores também podem aproveitar o momento para compra de móveis e de produtos da linha branca (eletrodomésticos). Para a máquina de lavar, por exemplo, a alíquota caiu de 20% para 10%.