edição 34 | Agosto de 2012    

Cynthia Kunigk, professora do curso de Engenharia de Alimentos da Mauá, comenta o crescimento do setor de alimentos funcionais no mundo

De acordo com a consultoria Euromonitor são US$ 4 bilhões ao ano. No contexto mundial, o segmento deverá aumentar 38% até 2017


Mesmo sendo benéficos, os alimentos funcionais devem ser ingeridos em quantidade certa

O setor de alimentos funcionais cresce rapidamente no Brasil. Segundo dados da Euromonitor Internacional, empresa de consultoria e dados de mercado, são faturados US$ 4 bilhões ao ano. Até 2017, os índices devem chegar a US$ 207 bilhões. Em 2011, o segmento faturou aproximadamente US$ 150 bilhões.

Os alimentos funcionais são aqueles que, além de nutrir, produzem algum outro benefício à saúde, como a redução do risco de aparecimento de algumas doenças. No entanto, Cynthia Jurkiewicz Kunigk, professora de Microbiologia de Alimentos do Instituto Mauá de Tecnologia, explica que, para produzirem efeito, a pessoa deve também possuir bons hábitos alimentares e de vida.

Atualmente, os principais grupos de alimentos funcionais são os que auxiliam a redução do colesterol, os que possuem substâncias antioxidantes que atuam na proteção do organismo contra radicais livres e aqueles que contribuem para o bom funcionamento do sistema gastrintestinal.

Os alimentos probióticos e prebióticos, que auxiliam o funcionamento do intestino, representam o maior grupo de alimentos funcionais no Brasil. Os probióticos têm micro-organismos que vão chegar vivos ao nosso intestino, trazendo benefício à vida, como o Activia e outros leites fermentados. Já os prebióticos são substâncias que auxiliam o desenvolvimento dos probióticos, como se fosse um alimento específico para esses; um exemplo é o fruto-oligossacarídeo, também presente em alguns leites fermentados. Os alimentos que contêm os ingredientes prebióticos e os micro-organismos probióticos ao mesmo tempo são conhecidos como simbióticos.

Apesar de serem benéficos para qualquer idade, normalmente, os maiores consumidores de alimentos probióticos são os idosos, pois, segundo Cynthia, são os que mais se preocupam com a saúde. ?Além disso, os idosos precisam repor as bactérias boas do intestino, que diminuem com o tempo?, explica.

Esses alimentos funcionais precisam ser ingeridos regularmente, em quantidade específica indicada pelo fabricante. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é responsável por verificar se esses alimentos atendem aos requisitos necessários.

Os alimentos reagem de maneira diferente para cada pessoa, gerando maior ou menor benefício. Há ainda pessoas que não se adaptam a certo produto. A professora acredita que ingerir somente esses alimentos não é correto. ?Temos de ingerir todos os tipos de alimentos para haver uma alimentação adequada. Não existem alimentos funcionais para suprir todas as necessidades nutricionais?, afirma.

O Brasil não foi o pioneiro nessa história. O país que começou a produzir e a comercializar esses tipos de produto foi o Japão. Além de serem utilizados no Oriente, os alimentos funcionais são encontrados principalmente na Europa, onde há maior variedade. Em relação ao Brasil, podemos encontrar produtos antigos, como o Yakult,  e novos, como a ?Pro-activ? (margarina da Becel), com fitoesteróis, que reduz a absorção de colesterol.

Os alimentos funcionais podem ser consumidos semindicação médica ou supervisão, já que não são medicamentos.

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