Biometano: Brasil mira o top 5 global e impulsiona novos talentos
Agência Internacional de Energia projeta País com 10% do crescimento mundial até 2026. A expansão pode criar vagas para engenheiros, técnicos e especialistas em energia limpa
O mais recente panorama da Agência Internacional de Energia (IEA) indica que o Brasil deve saltar para a quinta posição entre os maiores produtores de biometano em apenas dois anos, respondendo por mais de 10% da oferta incremental global até 2026. O avanço é resultado da combinação entre o vasto potencial agroindustrial, novos incentivos regulatórios e investimentos em dezenas de plantas em construção, capazes de triplicar a capacidade instalada em curto prazo.
Para o País, o Biometano traz ganhos múltiplos: cada metro cúbico substitui gás natural ou diesel importado, reduzindo a conta de combustíveis e fortalecendo a segurança energética; no transporte público, a troca pelo biometano pode cortar até 90% das emissões de gases de efeito estufa e custa bem menos que alternativas elétricas, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). Além disso, estudos da Abiogás mostram potencial para substituir quase 70% do diesel consumidor no mercado interno aproveitando resíduos agrícolas e urbanos, um passo decisivo na rota de descarbonização.
Sulamita Lopes, Coordenadora da Pós-Graduação em Sistemas Elétricos de Potência no Instituto Mauá de Tecnologia. “O avanço do biometamo inaugura uma fase estratégica para a matriz energética brasileira. Além de reduzir emissões, cria um mercado que exige profissionais capazes de integrar geração distribuída ao sistema elétrico com segurança e eficiência. Na Pós-Graduação em Sistemas Elétricos de Potência da Mauá, formamos engenheiros prontos para projetar, operar e regular essa nova infraestrutura, ligando inovação tecnológica às metas de sustentabilidade do País”, destaca Sulamita Lopes, Coordenadora da pós-graduação em Sistemas Elétricos de Potência, no Instituto Mauá de Tecnologia.
O crescimento do biometano abre uma frente robusta de oportunidades profissionais. A cadeia de biogás e biometano já aponta demanda acelerada por engenheiros de processo, eletricistas em automação, gestores ambientais e profissionais de regulação. Se todo o potencial for explorado, o setor pode gerar até 800 mil empregos diretos, indiretos e induzidos nos próximos anos. Para atender essa lacuna, tornam-se diferenciais competitivos as qualificações específicas em sistemas elétricos, integração à rede e normas técnicas.
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