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Brasil – Canteiro de obras
A expressão tem-se tornado comum entre os que discutem o crescimento previsto para o País e os investimentos em infraestrutura
Crescimento: estudos apontam que o Brasil será a quinta economia do mundo na próxima década
O mundo aposta no Brasil. Tanto otimismo justifica-se pelos resultados econômicos conquistados nos últimos anos e reafirma-se diante dos estudos que apontam que o País será a quinta economia do mundo na próxima década. O dado, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA recentemente, destaca a importância de se aproveitar a oportunidade de transição econômica para alavancar um desenvolvimento que priorize a sustentabilidade e realmente consolide o Brasil entre as maiores lideranças mundiais.
“O Brasil vai tornar-se um grande canteiro de obras”, observa o professor de Teoria Econômica do curso de Administração da Mauá, Ricardo Balistiero. “O anúncio dos grandes eventos esportivos torna imprescindíveis os investimentos em infraestrutura, compreendendo obras de grande porte em diferentes segmentos, como expansão das linhas metroviárias, capacitação dos portos e dos aeroportos nacionais, melhoria da malha ferroviária, infraestrutura para o setor de gás e petróleo e daí por diante”, alerta o professor.
A lista é interminável e a responsabilidade maior ainda. Alcançar o sucesso diante de tantos desafios vai exigir a união de muitas competências; entre elas, uma impecável e eficaz gestão. Eis uma boa oportunidade para os administradores reafirmarem seu valor na construção de uma sociedade mais evoluída. “Não é possível conduzir um processo de construção desse vulto, e em tantas frentes, sem uma gestão extremamente eficiente. Cabe ao gestor todo o ajuste econômico de projetos dessa dimensão. É o gestor quem atua na captação de recursos e tudo o que isso implica – negociação de prazos, firmados em que contrato, para ser alocado em que etapas e serem consumidos sobre qual cronograma de investimentos, por exemplo”, esclarece Balistiero.
Ele avalia que estamos hoje vivendo um Brasil que foi passado a limpo. Ao mesmo tempo que avançamos em muitos aspectos, muito há para ser feito. “Da mesma forma que estamos prestes a nos tornarmos a quinta economia do mundo, temos de lutar contra uma desigualdade social que contabiliza mais de 40% da população vivendo em residências sem tratamento de esgoto e temos de vencer o mosquito da dengue. Isso é uma questão de gestão pública. Vê-se o papel do administrador sendo imprescindível novamente”, conclui Balistiero.
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