INFOMAUÁ Mauá
edição 121 - Abril de 2021

Instituto Mauá de Tecnologia contribui para aperfeiçoar o Telescópio Gigante de Magalhães

Projeto coloca a instituição no importante cenário tecnológico internacional, além de integrar a expertise das diferentes áreas do conhecimento

O projeto GMT integra a expertise das  diferentes áreas do conhecimento da Mauá, diz o prof. Sérgio Ribeiro

Desde 2017, o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), em cooperação com outras instituições acadêmicas, participa do projeto de construção do Telescópio Gigante de Magalhães (GMT), considerado um dos mais poderosos telescópios do mundo, o qual visa aprimorar os estudos do espaço com base em observações em solo. O IMT está cada vez mais envolvido no projeto para aprimorar tecnologias que vão melhorar a qualidade dos dados a serem gerados, tais como: Simulador WFPT e a Modelagem da óptica ativa empregada no Telescópio.

"Esse projeto coloca a Mauá no importante cenário tecnológico internacional, além de ir ao encontro da filosofia da nossa Instituição: integrar a expertise das diferentes áreas do conhecimento, e trabalhar com o desenvolvimento colaborativo entre as divisões de Eletrônica e Telecomunicações do Centro de Pesquisas (CP) e o Núcleo de Sistemas Eletrônicos Embarcados (NSEE), que abrange as Engenharias Eletrônica, de Computação e de Controle e Automação do Centro Universitário da Mauá", lembra o engenheiro eletrônico Sérgio Ribeiro.

Algumas contribuições da Mauá no projeto

Simulador WFPT: o WFPT (Wide Field Phasing Testbed) funcionará como uma "miniatura" do Telescópio Gigante de Magalhães, onde será possível verificar se o telescópio real conseguirá "focar" corretamente um objeto astronômico de interesse. O papel da Mauá nesse projeto é desenvolver o software que controlará os componentes desse simulador, o qual permite, por exemplo, antecipar estudos relativos aos efeitos da turbulência atmosférica e seu cancelamento. O WFPT tem previsão de término para o segundo semestre de 2021.

Telescópio Gigante de Magalhães (GMT), considerado um dos mais poderosos telescópios do mundo

Modelagem da óptica ativa: trata-se de uma tecnologia imprescindível para manter o alinhamento do telescópio e corrigir deformações (de até frações de milímetros) causadas pela gravidade, variações térmicas, rajadas de vento e até imprecisões mecânicas inerentes à fabricação dos espelhos e demais dispositivos que compõem o GMT. A partir dessa inferência são enviados comandos de correções capazes de movimentar os espelhos e promover ajustes em suas superfícies. A Mauá também está envolvida nessa modelagem.

Sobre o GMT

Com lançamento previsto para o fim de 2021, o Telescópio Gigante de Magalhães está sendo construído por um consórcio internacional, formado por várias universidades e instituições de pesquisas dos EUA, Austrália, Coreia e Brasil. As obras de infraestrutura (terraplenagem, construções de estradas, arruamento, fundação, rede hidráulica, entre outras) já estão em andamento no deserto do Atacama, no Chile, desde 2015.

"O GMT vai abrir uma nova janela para o cosmos e permitirá aos astrônomos explorar, em primeira mão, territórios hoje inacessíveis, como as atmosferas de planetas em torno de outras estrelas e o surgimento das primeiras galáxias, com mais detalhes do que qualquer outro telescópio óptico anterior. O avanço na qualidade de imagem do GMT, sem dúvida, será um dos principais avanços do super telescópio", reforça o  prof. Sérgio.

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