edição 91 - Maio de 2018
Entenda mais sobre esse conceito e o que vem sendo feito nesse sentido pelo Instituto Mauá de Tecnologia
As salas de aprendizagem ativa comportam até 82 pessoas e destacam-se por serem amplas, confortáveis e bem equipadas.
Proporcionar ambientes inovadores, dinâmicos e altamente tecnológicos aos seus alunos é a prioridade do Instituto Mauá de Tecnologia. Em abril, a instituição anunciou a inauguração de mais dois espaços: as salas de Aprendizagem Ativa.
As instalações foram idealizadas pensando-se em proporcionar ainda mais liberdade de movimento e interação durante as aulas e em incentivar os estudantes a trabalharem de forma mais colaborativa na solução dos problemas.
As novas salas comportam até 82 pessoas e destacam-se por serem amplas, confortáveis e bem equipadas. As mesas e cadeiras são fáceis de movimentar e ficam distribuídas de forma diferenciada, acomodando os estudantes em pequenos grupos. Com estrutura completa para utilizar materiais como notebooks e celulares, há ainda lousas distribuídas pelos espaços, sistema de som e duas telas para projeção de conteúdos sob a forma de slides ou vídeos.
Entenda mais sobre a aprendizagem ativa
Para o professor e coordenador da Academia de Professores, Octavio Mattasoglio Neto, nos novos espaços, a aula expositiva cede lugar para um ambiente de trabalho no qual a colaboração ganha destaque.
"Chamamos aprendizagem ativa aquela que coloca o estudante como protagonista do processo de aprendizagem num ambiente interativo e rico em estímulos, que auxiliam a aprendizagem tanto de conhecimentos técnicos quanto de competências transversais. A rigor, deveríamos falar em ‘estratégias ativas para a aprendizagem’, porque, quando se fala em aprendizagem ativa, o foco está nas estratégias criadas para promover o envolvimento e o comprometimento do estudante com situações e problemas que irão ajudá-lo a aprender", explica o coordenador da Academia de Professores, prof. Octávio Mattasoglio Neto.
Tornar o estudante protagonista significa promover o seu efetivo envolvimento com problemas e situações preparadas pelo professor para que o estudante "coloque a mão na massa" a fim de encontrar soluções aos desafios propostos. "O caráter de interação revela-se na forma como são conduzidos os trabalhos, geralmente em equipes, que leva os estudantes a interagirem com os colegas e com o professor. Essa interação promove o desenvolvimento da competência de negociar, de ouvir, de se fazer ouvir, de avaliar as propostas para a solução aos problemas, entre outras", acrescenta o professor.
Nesses ambientes, o papel do professor é o de gestor do processo de ensino.
Assim, a ele cabe preparar as atividades que promovam o protagonismo do estudante, além de ser o responsável pela criação do ambiente interativo e com estímulos que façam os estudantes se sentirem motivados para a solução das situações apresentadas. Nesse contexto, a aula expositiva de transmissão de conhecimentos sai de cena, cedendo espaço para um ambiente de trabalho, no qual a colaboração ganha destaque.
Dessa forma, a aprendizagem dos conhecimentos técnicos específicos das disciplinas tem o seu espaço preservado. O fato de os estudantes interagirem entre si abre a possibilidade de troca de conhecimentos e uma aprendizagem que deixa de depender exclusivamente do professor. Por sua vez, o uso dos recursos eletrônicos e a distância colaboram para promover essa troca entre os estudantes.
Para além dos conhecimentos técnicos, as estratégias ativas de aprendizagem favorecem de forma singular o desenvolvimento das competências transversais, como é o caso da habilidade para trabalhar em equipe, de aprender a aprender, de dominar uma língua estrangeira ou, ainda, de empreender, entre outras.
Estratégias ativas de aprendizagem
Na Mauá, são várias as estratégias ativas para aprendizagem aplicadas no dia a dia. Alguns exemplos são a sala de aula invertida, o ensino híbrido, o ensino por projetos, o Design Thinking e o Peer Instruction.
"Pelas características dos cursos da Mauá, o Ensino por Projetos é algo que já está incorporado na nossa forma de ensinar. Podemos observar isso, por exemplo, nos Projetos e Atividades Especiais - PAEs. Mas todas essas estratégias trazem uma forte contribuição para o trabalho em sala de aula nas disciplinas dos nossos cursos. É isso que estamos construindo - incentivando os professores a colocarem em prática essas estratégias. Já temos diversas iniciativas nesse sentido, com disciplinas que incorporaram o seu uso. O mais interessante é que o estudante se adapta muito facilmente a essas novidades, passando até mesmo a solicitar mais o uso dessas estratégias", explica.
Com as duas salas especialmente preparadas para o trabalho com estratégias ativas, essa iniciativa ganha um importante impulso. "O uso de estratégias ativas para aprendizagem demanda espaços como esses, modernos que facilitem a interação entre os estudantes e entre o estudante e o professor, além de facilitar o uso de equipamentos, como notebooks e celulares, que fazem parte de nossas vidas e podem e devem ser usados como ferramentas de trabalho. Isso é o que ganhamos com as novas salas agora inauguradas. Nossa meta é termos mais espaços como esses na Mauá, e aumentar ainda mais o uso de estratégias ativas nos nossos cursos".
As estratégias ativas favorecem a formação de um profissional mais bem capacitado tanto em conhecimentos técnicos quanto em competências que permitam se inserir ainda com mais destaque no mercado de trabalho e na sociedade, empreendendo e inovando de forma ética e responsável.