edição 86 - Outubro de 2017

É possível esperar uma retomada de crescimento no último trimestre do ano?

Projeções econômicas são positivas para os últimos meses de 2017

Prof. Ricardo Balistiero, coordenador de Administração, relata quais serão as projeções para os últimos meses do ano.

Os últimos três anos não têm sido fáceis para a economia do país. Vimos os indicadores de crescimento despencarem, os juros e a inflação aumentarem e um percentual de desemprego muito acima da média histórica. A crise política pela qual o Brasil vem passando também impactou diretamente o retrocesso econômico. Os mais pessimistas custam a acreditar numa retomada de crescimento em curto e médio prazos. Mas a boa notícia é que os economistas e estudiosos já começam a notar uma luz no fim do túnel, ainda que tímida.

"Estamos num processo lento de recuperação da economia, mas gradual e constante. E esse ponto é muito importante. Nossa perspectiva é que até dezembro ocorra uma aceleração do crescimento econômico. Isso vai ocorrer por causa de alguns fatores, como: dissídios coletivos de algumas categorias importantes, as datas comemorativas como Dia das Crianças, Black Friday e Natal (que impulsionam as compras) e também o décimo terceiro salário. Tudo isso possibilita projetar um cenário de manutenção do crescimento  do consumo das famílias e, consequentemente, uma melhora nos indicadores", explica o Professor Ricardo Balistiero, coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia.

Ainda segundo o coordenador, o aumento do consumo das famílias registrou a primeira alta no segundo trimestre deste ano, após vários trimestres seguidos de queda. "Esse é um importante componente do PIB, pela ótica da demanda, que vai impulsionar a retomada do crescimento nos próximos meses", acrescenta.

O coordenador de Administração, prof. Ricardo Balistiero, destaca alta no segundo trimestre de 2017 no consumo das famílias.

"Devemos fechar 2017 com um crescimento entre 0,5% e 1% do PIB. Para 2018, a previsão é que esse índice suba para um intervalo de 2,5 a 3%, com a aceleração na geração de empregos, num processo clássico de retomada cíclica da economia. Também teremos uma inflação próxima do centro da meta. Já vamos começar a notar a retomada nesse último trimestre do ano. Vejo um cenário mais otimista para curto prazo (outubro a dezembro) e em médio prazo (em 2018) também", explica Balistiero.

O professor também afirma que o grande desafio para o próximo presidente do País será promover o ajuste fiscal e garantir a continuidade das reformas. "O país precisa das reformas, principalmente a tributária e a da previdência, para crescer de forma sustentada".

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