edição 86 - Outubro de 2017

Renato Grau conta sobre os desafios do empreendedorismo no Brasil

Formado em Engenharia Eletrotécnica pela Mauá, há mais de 20 anos ele lidera uma empresa na área de Tecnologia da Informação

Renato Grau, ex-aluno do curso de Engenharia Eletrotécnica da Mauá, lidera uma empresa há mais de 20 anos.

A aventura do engenheiro Renato Grau com o empreendedorismo começou muito cedo, ainda na faculdade. "Meu espírito de empreendedor foi descoberto durante o programa de trainee de que fiz parte, numa multinacional alemã. Eu estava na 4.ª série da Mauá. Era meu primeiro trabalho propriamente dito e eu imaginava que uma empresa daquele porte fosse perfeita e tudo funcionasse maravilhosamente. Mas, entre outros fatores, o excesso de burocracia, rigidez no plano de cargos e salários e critérios para ascensão no organograma da empresa frustraram-me", conta.

Mesmo assim, isso não foi o suficiente para fazê-lo desistir de seu plano. Além de sempre ter gostado de tecnologia, um amigo de seu pai tinha uma empresa de locação de computadores. "Uni o útil ao agradável. Eu conhecia uma pessoa que tinha uma trading nos EUA e exportava partes e peças de computadores para o Brasil. Comecei a montar computadores e vender para a empresa do amigo do meu pai. Assim começou minha vida de empresário. Na época, sem business plan, incubadora, investidores anjos nem mentores. Meu primeiro desafio foi à moda da old school" relembra.

E a iniciativa deu certo. Neste ano, sua empresa, Innovision, completou a maioridade. Nos 21 anos de mercado, o principal objetivo da companhia é oferecer soluções inovadoras de tecnologia que agreguem valor ao negócio dos clientes, preservando sempre os conceitos de inovação e visão.

"Ser empreendedor no Brasil é o meu grande desafio diário. É incrível como o país consegue ter tantos empreendedores sem incentivos para essa atividade. Somos todos heróis, ainda mais assistindo a toda a crise política econômica e ética por que estamos passando nos últimos anos", diz Grau.

O executivo acrescenta que um dos principais aprendizados que teve durante sua graduação na Mauá foi que nada cai do céu. "É preciso muita luta para se alcançar o sucesso. E não podemos desistir. Na Mauá,  aprendi a importância da capacidade de superação e de se manter a linha de raciocínio desenvolvida. Outro ponto fundamental foram os amigos feitos por lá, principalmente por ter feito parte da Atlética e participado da equipe de futebol durante todos os anos em que estudei na Mauá".

Ao longo de sua jornada profissional, Grau também foi um dos fundadores do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), com a missão de abrigar o movimento de governança de criação de um Polo de Tecnologia na região. "Nessa época, eu me aproximei da Mauá novamente e, também de outras entidades de ensino, com o objetivo de buscar alinhar os objetivos entre elas e as empresas do mercado. Pude ver quanto a Mauá evoluiu nesses últimos anos, principalmente no que se refere ao estímulo ao empreendedorismo", acrescenta.

Para os próximos anos, o empresário quer potencializar o apoio às empresas, para que aumentem a geração de resultados com a aplicação das tecnologias corretas e transformação digital. E para isso é preciso buscar um equilíbrio entre mente e corpo.

"Aproveito minhas horas vagas para jogar futebol. Dedico um bom tempo ao condicionamento físico. Além disso, gosto muito de frequentar cinema, bons restaurantes em companhia dos amores da minha vida: minha esposa Claudia e minha filha Luiza. E, sempre que possível, viajar!".

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