edição 12 | Maio de 2010    

Múltiplos Interesses

A felicidade, assim como a carreira, é uma responsabilidade individual e que precisa ser construída passo a passo, permanentemente.


Eugenio Mussak aponta o melhor caminho para quem está em busca de uma segunda carreira

Antigamente, as pessoas tinham a tendência de confundir a vida pessoal com a profissional e entender que tudo era uma coisa só. Hoje, a maioria já compreendeu que a carreira é parte de sua vida. Uma parte importante que caminha ao lado das outras, formada por família, amigos, lazer e interesses diversos, que cada um vai desenvolvendo ao longo de sua vida. Diante dessa nova realidade, as pessoas descobriram que precisam ser felizes, na vida pessoal e no trabalho. E, para terem uma vida de qualidade e satisfatória, é preciso fazer aquilo de que se gosta e estar disposto a trabalhar duro para ser realmente feliz, em todos os campos da vida.

“Quando colocamos a carreira numa perspectiva de tempo, percebemos que ela é um processo construtivo e que não envolve apenas conhecimento técnico. Uma carreira engloba, sobretudo, muitos aspectos comportamentais. Ao construirmos uma carreira, estamos também construindo nossa identidade”, observa o professor, escritor e consultor de empresas, Eugênio Mussak. “É natural, então, que, com o tempo, novos desafios possam surgir, despertando nosso interesse para outras atividades”, acrescenta.

Ele mesmo é um bom exemplo do quanto mudar pode ser saudável. Formado em medicina em 1976, Eugênio dedicou-se a lecionar biologia por muito tempo, mesmo depois de formado. Anos mais tarde sentiu a necessidade de atuar na área médica e passou a atuar na área de fisiologia clínica.  Depois de alguns anos, uma nova inquietação levou-o a somar as experiências vividas para ingressar num novo mercado: o da consultoria empresarial. “Queria me dedicar à área de gestão de pessoas”, observa Mussak.

Segundo ele, desenvolver uma segunda ou terceira carreira não é mais só uma questão de opção. “Num mundo globalizado e cada vez mais multifacetado, as pessoas vão ser obrigadas a mudar de carreira dentro da própria área, porque as demandas do mercado vão forçá-las a conhecer outros temas, estudar novos caminhos e conceitos. O que elas fazem de uma determinada maneira, hoje, pode não ser mais o que vai funcionar amanhã e elas terão de se ajustar”, salienta o professor.

Não existe caminho fácil

Desenvolver uma nova carreira é importante e fascinante. Mas ninguém está dizendo que é fácil. Segundo o professor Eugênio Mussak, quem pensa em dar esse passo precisa estar disposto a enfrentar os seus medos e transformá-los em força e não em força que o impulsione. “Também precisa estar pronto para lidar com o ceticismo dos outros, que vão sempre tentar desmotivá-lo, apontando as dificuldades e minando seu entusiasmo com frases do tipo ‘esquece isso, fica quieto onde você está’”, explica Mussak.

Para lançar-se numa nova profissão é preciso escolher algo que lhe desperte o interesse. A partir daí, é necessário capacitar-se para essa nova área, estudar e, principalmente, ter consciência de que, nessa nova área, terá de começar do zero e ser humilde. “Para quem planeja uma mudança nesse sentido, é fundamental ter em mente que três elementos são imprescindíveis: coragem – para vencer o medo e ir adiante -, persistência – ninguém decide mudar de profissão no sábado e inicia uma outra na segunda-feira seguinte -, e capacitação – estudar para ser levado a sério no que pretende fazer e ter chance de ser bem-sucedido. Sem esses três elementos, ninguém consegue ter nem mesmo uma primeira carreira satisfatória, que dirá a segunda”, alerta o professor Mussak.

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