edição 85 - Setembro de 2017
Professor Francisco Olivieri explica o que falta para o País voltar a crescer
De acordo com o Superintendente Geral da Mauá, Prof. Francisco Olivieri, o governo deve negociar melhor as votações de projetos de Lei que contribuam para a retomada do crescimento econômico no País.
Já passamos da metade do ano e ainda há um tema que é incerto para todos: como ficará o crescimento da economia brasileira para o próximo ano? Já é a hora de almejar uma retomada?
Embora a economia demonstre clara tendência de descolamento dos acontecimentos políticos, infelizmente, ainda precisamos de definições nesse campo para determinar uma condução do cenário.
"A retomada do crescimento está diretamente atrelada ao equilíbrio fiscal, ou seja, ao equacionamento da dívida/déficit públicos. Os investidores buscam riscos menores para fazer inversões de capital e permitir que a economia se mova positivamente. Enquanto o governo central e os estaduais e municipais não encolherem e gastarem menos, menor será a expectativa de recuperação econômica", explica o Superintende Geral do Instituto Mauá de Tecnologia, professor Francisco Olivieri.
Ele acrescenta dizendo que, enquanto o empresariado e os investidores buscam enxugar seus custos, os políticos estudam e votam projetos que aumentam os gastos públicos. "O governo deve negociar melhor as votações de projetos de Lei que contribuam para a retomada do crescimento econômico, mas, infelizmente, o momento político reduz a capacidade de negociação do governo federal", acrescenta.
A economia brasileira ainda necessita de definições no âmbito político para voltar a crescer.
Tudo isso faz com que a projeção de crescimento econômico seja ainda apenas um plano. "Não devemos esperar grandes mudanças no âmbito da economia para 2018. Precisamos que aconteça a Reforma Previdenciária e, por aquilo que estamos presenciando, ela está relegada a segundo plano", explica.
Por causa disso, o melhor a fazer é continuar tendo cautela nos gastos e poupar recursos quando possível. "Já o empresariado deve preparar-se para a retomada do crescimento econômico com reestruturação da atividade econômica, visando à redução de custos e melhoria de processos, se for o caso, com investimentos em modernização e inovação. Nada melhor do que partir à frente da concorrência", orienta o professor.