edição 79 - Março de 2017

Marcelo Pacheco fez parte da implantação da telefonia celular e do primeiro Internet Banking do Brasil e hoje é VP do Grupo RBS

Conheça a história do executivo que participou de importantes projetos que estavam à frente do seu tempo

Marcelo conta que sempre foi bom aluno na escola, mas foi na Mauá que aprendeu a pensar de verdade.

Enquanto a telefonia móvel e o uso de bancos sem a necessidade de ir a uma agência bancária pareciam cenas futuristas para a maior parte da população, Marcelo Pacheco já atuava com as equipes que implantaram a telefonia celular e o Internet Banking no Brasil.

"Sempre fui muito ligado em tecnologia e na área de exatas. A escolha do curso de Engenharia Eletrônica na Mauá foi natural por conta desses meus interesses. Comecei minha carreira na NEC do Brasil, ainda estudando na Mauá, e fiz parte do primeiro time que implantou a telefonia celular no Brasil. Era o início de tudo, e a NEC havia conquistado as concessões para implantar o sistema em SP, RJ e Bahia. Foi um período trabalhando como engenheiro de programação das centrais de comutação e controle, que faziam a ponte de ligação entre a telefonia fixa que existia e as novas rotas de chamadas pelo canal móvel.

Fiquei trabalhando na NEC por dois anos e logo que me formei decidi participar de processos de seleção para as vagas de trainee. Passei no Unibanco e fiz parte do grupo que desenvolveu o primeiro Internet Banking do Brasil. Foi um período muito rico profissionalmente e que me ensinou muito sobre a dinâmica corporativa", diz Pacheco.

O executivo conta que, por estar num grupo que avançava em tecnologias do futuro e também à frente do seu tempo, teve acesso à alta hierarquia do banco, o que lhe deu uma boa visibilidade e ajudou a acelerar sua carreira. "Comecei como trainee e, em apenas quatro anos, já era gerente sênior. O curso de Engenharia Eletrônica foi um diferencial nesse período. Eu atuava como ponte entre a área de TI e de Produtos, e o conhecimento, que obtive na Mauá, me diferenciou dos demais", acrescenta, ao explicar que o curso de Engenharia prepara para uma análise numérica/financeira de projetos, mas também para a soluções de problemas.

Após o período no Unibanco, Pacheco foi convidado por um Superintendente do Banco para montar a Abril.com na Editora Abril. "Era o início da primeira fase da Internet, e a Abril queria colocar todos seus conteúdos de forma mais organizada e profissional na rede. Começamos com oito páginas simples das publicações da Editora e criamos uma unidade de negócios que produziu e gestou 53 sites das mais diferentes marcas, como Veja, Exame, Playboy, Quatro Rodas, Cláudia, Nova, Placar, e por aí vai".

O sucesso dessa nova empreitada o colocou novamente em foco ,levando-o ao cargo de Diretor de Vendas de Publicidade da Abril.com. “Fui convidado a assumir a Diretoria de Vendas Nacional do Grupo Exame, que reunia as marcas: Exame, Você SA, Info Exame e seus subprodutos. Fiquei nessa função por quatro anos, quando recebi uma proposta para trabalhar com TV por assinatura, como Diretor de Publicidade da Disney & ESPN. Foram mais oito anos de empresa, onde desenvolvemos uma Rádio Estadão ESPN, com o Grupo Estado, assumimos a gestão dos Canais ESPN e ESPN Brasil e lançamos o primeiro canal em Alta definição do Brasil o ESPN+. Trouxemos para o Brasil a plataforma de vídeo on demand, o Watch ESPN, e lançamos e fechamos uma revista, a ESPN Magazine. Novamente, meu background de Engenharia fez toda a diferença. Nas reuniões de orçamento e de aprovações de infraestrutura tecnológica para todos esses produtos, eu não era a pessoa que sabia mais ou menos do que estávamos falando, sabia exatamente o que precisávamos e o que era necessário para termos sucesso. Sai da ESPN como Vice-Presidente de Marketing e Vendas e fui para o Facebook”.

Rumo a novos desafios

Pacheco ficou sabendo que existia uma vaga na área de vendas no Facebook e se candidatou. Ele queria entender o que se passava no coração das novas empresas de tecnologia e aprender como poderia ajudar outras companhias que “sofrem” com a disrupção das plataformas. "Foram dois anos de muito aprendizado e, posso dizer, de muito desapego. Empresas como o Facebook nos tiram da zona de conforto a cada dia, e isso é muito bom. Você tem que ser melhor a cada dia e aprender coisas novas a cada segundo. Afinal, existe um exército de pessoas produzindo obras fantásticas o tempo todo. É uma fábrica de soluções incríveis", explica.

Tudo caminhava perfeitamente, quando o executivo foi acionado por um headhunter sobre uma empresa de mídia no sul do País, a qual estava num processo de transformação e precisava de um Vice-Presidente de Mercado para ajudá-los nessa transição para o mundo digital e adequação da nova linguagem ao mercado e internamente. "Não resisti ao desafio, e estou no Grupo RBS há menos de um mês".

O executivo explica que as empresas de mídia estão sofrendo o impacto das novas plataformas de modo acelerado. "Nossa missão aqui é criar novas formas de entregarmos o conteúdo durante a jornada do consumidor, para que no momento correto, ele seja impactado de forma oportuna por um conteúdo relevante e de qualidade. Para viabilizar isto, temos que ter uma entrega em todas as plataformas, fazendo a migração da mídia tradicional para a mídia digital sem perdas, mantendo a relevância do negócio", afirma.

Para ele, a graduação na Mauá foi essencial para o sucesso da sua trajetória profissional. "Sempre fui um bom aluno na escola, mas foi na Mauá que aprendi a pensar de verdade. Todos os dias participo de reuniões em que minha capacidade de análise, conquistada no curso de Engenharia, é colocada à prova. Identificar problemas, achar soluções onde talvez nem existam, ainda, é um dos aprendizados do curso de Engenharia e só estou onde estou por conta dessa habilidade que desenvolvi na Mauá".

Mesmo com a rotina profissional a todo vapor, o executivo encontra tempo para praticar esportes. "Adoro esportes. Por conta disso, tenho uma prática regular, de pelo menos três a quatro vezes por semana. Pratico corrida, natação e musculação. Nas horas de lazer, eu e minha esposa gostamos de ir ao cinema e viajar. É algo que temos em comum e que gostamos de fazer com uma boa frequência".

Após mais de 20 anos de mercado, Pacheco se considera um executivo que tem a missão de ajudar negócios a se expandirem. "A maior parte do meu dia é preocupado com o moral e o rumo das pessoas. É disso que empresas são feitas, de pessoas. Então, dedico muito da minha capacidade analítica em criar formas e processos que melhorem a vida deles", finaliza.

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