edição 34 | Agosto de 2012    

Norberto Nery comenta a retirada de lâmpadas incandescentes do mercado

O professor de Engenharia Elétrica aposta na iluminação a LED, que é implantada vagarosamente no Brasil


Iluminação a LED é tendência mundial já que diminui para um décimo o consumo de energia em relação à incandescente

Já se encontra em vigor a Portaria 1.007 do Ministério de Minas e Energia (MME) que lâmpadas incandescentes sejam retiradas do mercado nacional até 2017. De acordo com a Portaria, os fabricantes e importadores de lâmpadas de 150W e 200W poderão vender seus estoques até dezembro deste ano. A comercialização desses modelos poderá ser feita até 30 de junho de 2013.

Para as lâmpadas de 60W, mais usadas, a data-limite para a fabricação será em junho de 2013 e a comercialização será encerrada em 30 de junho de 2014. A ideia é que elas saiam do mercado de acordo com a potência: de dezembro deste ano, as de maior potência, até junho de 2017, as de menor potência.

O objetivo do governo é que a população substitua as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes ou halógenas, que duram mais e consomem menos energia.

Muito se discute sobre o custo das lâmpadas fluorescentes, mais caras que as incandescentes. Porém o professor Norberto Nery, do curso de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia, afirma que essa nova medida vale a pena. ?Haverá um investimento inicial maior,mas compensado posteriormente, pelo tempo de vida da lâmpada e pela maior luminosidade com a mesma potência?, explica.

Segundo o professor, as lâmpadas fluorescentes economizam aproximadamente 75% de energia para a mesma luminosidade de uma incandescente. Se a incandescente tem potência de 100W, por exemplo, a fluorescente equivalente em luminosidade será de 25W.

A medida é uma tendência mundial. Antes de chegar ao Brasil, a ideia foi adotada por países como Austrália e os da União Europeia. Para Norberto, as indústrias brasileiras adotaram essa medida, pois têm capacidade de oferecer ao público uma condição melhor, além de ganhar mercado. O professor Norberto conta que, ?de certa forma, começou-se a pensar nessa nova medida com o ?Apagão?, em 2001?. De acordo com a ABILUX - Associação Brasileira da Indústria de Iluminação, quase 40% da população consumidora brasileira ainda prefere as lâmpadas incandescentes, talvez porque possuam características que lhe agradam, como seu preço, a excelente reprodução de cores e facilidade de substituição.

Para um futuro próximo, o professor aposta na iluminação de LED, que mudou a característica do projeto de iluminação e está sendo utilizada em vias públicas, como, em São Paulo, no Parque do Ibirapuera e no túnel do Anhangabaú. Segundo ele, esse tipo de iluminação, além de possuir um tempo de vida maior, gera pouco calor e faz cair para um décimo o consumo de energia em relação ao da incandescente. Norberto exemplifica que a LED possui aproximadamente 60 mil horas de vida útil, enquanto a incandescente possui mil horas e a fluorescente, sete mil horas.

As lâmpadas fluorescentes não duram muito tempo, quando em lugar onde o ?acende e apaga? é muito frequente e a lâmpada fica acesa por períodos curtos, como em banheiros, pois depende de um circuito eletrônico para gerar luz e é mais exigida no momento de acendê-la. Por isso, Norberto diz que, dependendo do caso, é preferível substituir por uma lâmpada mais cara como a LED. ?O custo compensa. A LED tem características de iluminação mais definidas numa certa frequência e economia maior no consumo de energia?, afirma.

Segundo o professor, em cinco anos a iluminação a LED estará em uso. ?A Philips está produzindo. Os grandes fabricantes já dispõem desse produto e estão competindo no mercado?, ressalta.

Se as lâmpadas incandescentes não fossem retiradas do mercado, possivelmente o consumo de energia poderia ocasionar novos blecautes.  O prof. Norberto lembra que não podemos nos esquecer de analisar outros fatores, como condicionadores de ar, que também consomem muita energia.

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