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edição 148 - Novembro de 2023

Conflitos externos entre Israel e Hamas não devem atingir economia brasileira em curto prazo

Mesmo com incertezas e preocupações causadas pela guerra, especialista afirma que, por enquanto, o mercado do País não deve sofrer efeitos mais fortes

O conflito entre Israel e o Hamas tem gerado grande preocupação ao redor do mundo. Contudo, analistas apontam que, além da questão humanitária, a guerra atual não deve provocar grandes impactos na economia brasileira em curto prazo. Segundo o professor Ricardo Balistiero, economista e coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), isso se deve também pelo fato de que nenhum país produtor de petróleo entrou definitivamente no conflito.

Desde 07 de outubro, o mundo tem visto o agravamento da guerra que dura décadas na região, mas o professor explica:  diferentemente do que ocorre com o confronto entre Rússia e Ucrânia, os eventos atuais não alteram o cenário de forma tão extrema. “No caso russo-ucraniano, estamos falando de países fornecedores de fertilizantes e alimentos para o Brasil, por exemplo, o que o torna muito mais complicado do ponto de vista econômico”, afirma.. Professor doutor Ricardo Balistiero, coordenador do curso de Administação.

Apesar de haver uma preocupação com a economia estadunidense, que apresenta uma inflação merecedora de atenção e, como indica o economista, no segundo semestre também existir uma previsão de aumento dos juros, o Brasil não está envolvido diretamente com os países em questão.

“A Arábia Saudita está bem distante e, principalmente, o Irã não mostrou até o momento nenhum tipo de iniciativa nesse sentido. Então, o preço do barril do petróleo continua bastante comportado e os impactos sobre bolsa e dólar são nulos até agora”, diz Balistiero. “Por esse motivo, a guerra em si não gera grande preocupação para a nossa economia. Isso só mudaria se algum país produtor de petróleo entrasse no enfrentamento.”

Expectativa para a reta final do ano

O fim de ano traz movimentações importantes para o mercado brasileiro. Um desses pontos é a geração de empregos sazonais. Além disso, Balistiero aponta que a taxa de desemprego deve continuar caindo nos próximos meses.

Mesmo com uma expectativa um pouco menos favorável quanto ao futuro, devido ao medo criado com o desdobramento dos conflitos entre os países, o professor ressalta que a taxa de crescimento está mantida em 3%. “No início do ano, projetava-se o crescimento de 1% e a economia brasileira deve-nos surpreender. A inflação deve fechar o ano dentro da meta e a taxa Selic cair para 11,75%”, esclarece.

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